Roubo de cargas bate recorde na Baixada Santista

24/03/2018 - 07:40 - Atualizado em 24/03/2018 - 14:31
fonte: A Tribuna

A Baixada Santista registrou no primeiro bimestre deste ano 106 casos de roubo de cargas. Esse é o maior número de delitos desse gênero nos meses de janeiro e fevereiro desde 2002, quando a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) passou a disponibilizar esses dados por local de ocorrência.

O total de crimes desse tipo, contabilizados pelas autoridades na região, é 86% superior em relação ao verificado no ano passado e quase três vezes e meia maior do que a média histórica verificada de 2002 a 2017 (32) na área de abrangência do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter 6), que inclui as cidades da Baixada Santista e do Vale do Ribeira.
 
Praia Grande concentrou mais da metade desses delitos (59), um dos destaques negativos das estatísticas criminais divulgadas no final da tarde de sexta-feira (23) pela SSP. Por outro lado, as cidades locais tiveram a queda no total de furtos e roubos, incluindo os de veículos, em comparação ao primeiro bimestre do ano passado.

Todos os nove municípios da região tiveram reduzidos o número de roubos, passando de 3.234 para 2.643 (variação de -18,27%). As maiores diminuições, em termos absolutos, ocorreram em Santos e em Guarujá.

O roubo de veículos foi o tipo de delito com a maior queda (-40,65%). Apesar disso, não houve uma uniformidade nas cidades. Por exemplo, Santos teve o dobro de casos (de 33, em 2017, saltou para 66, neste ano).

Já os casos de furto na Baixada Santista caíram de 4.738 para 4.232, o que significa um encolhimento de 10,67%, enquanto o de veículos, de -11.34% (de 723 caiu para 641).

Estupros

Na Baixada Santista, verificou-se ainda o aumento de casos de estupro: 59 nos primeiros dois meses de 2017, contra 102 no mesmo período deste ano, o que representa um crescimento de 72,88%. Em pouco mais de dois terços dos casos (69), a vítima foi alguém vulnerável.

Segundo o Código Penal, o estupro de vulnerável é configurado como qualquer ato libidinoso, com ou sem penetração, com menores de 14 anos ou com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; ou, por qualquer outra causa, não possa oferecer resistência.

Homicídios

Outro aspecto negativo ao analisar as estatísticas criminais foi o aumento do número de homicídios dolosos, ou seja, quando existe a intenção de matar: de 24, em 2017, passou para 28, este ano.

Somente Bertioga não teve registro de ocorrências desse gênero. Metade dos casos ficou concentrado em apenas duas cidades: Praia Grande (oito) e Guarujá (seis). 

Não houve latrocínio (roubo seguido de morte) na região no primeiro bimestre deste ano, já em 2017 foram dois crimes desse gênero: um em Itanhaém e outro em Peruíbe. 

Ao comparar a produtividade policial, é possível apontar a queda do número de veículos recuperados (de 636 baixou para 452) e de ocorrências de porte de entorpecentes (de 677 caiu para 503). O único item que subiu foi o total de pessoas presas por mandado judicial – pulou de 607 para 648.

Gestora de unidades de Saúde em Praia Grande é acusada de fraude

Atualizado em 24/03/2018 - 21:58

fonte: A Tribuna

O desembargador Marcelo Lopes Theodósio, da 11ª Câmara de Direito Público, determinou nesta semana a indisponibilidade de bens, limitado ao valor de R$ 1.492.545,64, dos réus citados em ação civil pública por ato de improbidade administrativa em razão de supostas irregularidades em dois contratos firmados pela Fundação ABC, com uma empresa que seria de fachada, para a locação de aparelhos ao Hospital Irmã Dulce e à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Samambaia, ambos em Praia Grande.

Além da organização social (OS) que gerencia essas unidades de Saúde, o bloqueio de propriedades definido pelo magistrado também atinge cinco funcionários ligados à instituição que participaram desses acordos firmados nos anos de 2012 e de 2013, assim como outras duas pessoas jurídicas – que participaram da cotação de preços – e os respectivos responsáveis.


O pedido de liminar (decisão provisória e de caráter imediato) aceito pelo Tribunal de Justiça e a solicitação de condenação dos envolvidos por improbidade administrativa (mau uso do dinheiro público) partiram do promotor de Justiça do Patrimônio Público de Praia Grande, Marlon Machado da Silva Fernandes, após ele ter concluído uma investigação iniciada em agosto de 2016, a partir de uma denúncia anônima. 


Durante a apuração, foi identificada a formação de um pacto ilícito envolvendo servidores da Fundação ABC e algumas empresas para desviar recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) a fim de favorecer uma que seria fantasma: a Charmm Comercial (Charlles Rekson Barboza de Lima Comercial – EPP).


Segundo Fernandes, uma servidora do setor de contratos da OS formatou, no primeiro semestre de 2012, uma fraude a partir da cotação do orçamento para o fornecimento de aparelhos para a UPA Samambaia com três fornecedores não especializados no setor.


O promotor diz que a empresa vencedora não está instalada no endereço citado na Junta Comercial do Estado (Jucesp), na Capital. No local, há uma propriedade fechada, repleta de pichações, sendo que no passado funcionava uma agência de veículos.


Conforme dados da Jucesp, a segunda empresa que mandou o orçamento para a Fundação ABC foi dissolvida em outubro de 2010 e era especializada no “comércio atacadista de café em grão e de produtos alimentícios”. Já a terceira, apenas começou a trabalhar com a locação de equipamentos hospitalar em junho de 2013.


A princípio, o contrato iniciado com a Charmm Comercial em 2 de julho tinha vigência de três meses, mas foi prorrogado por diversas vezes até maio de 2013. Mensalmente, ela recebia R$ 209.531,16.


“Após a falsa cotação de preços, a análise foi feita por uma comissão de julgamento, formada por três pessoas que tinham pleno conhecimento da inidoneidade das empresas. E mesmo diante dos orçamentos apresentados por elas, de fachada ou que não negociavam o objeto da contratação, confirmaram o procedimento em nome da Fundação ABC”, destaca o promotor.


Na avaliação do integrante do MPE, houve uma nova fraude na locação de aparelhos para o Hospital Irmã Dulce, em 2013. Na cotação feita no segundo semestre daquele ano, a melhor oferta foi apresentada novamente pela Charmm Comercial (R$ 30.870,59), enquanto a Amazônia Hospitalar, do Pará, sugeriu o valor de R$ 49.719,50. Esse contrato durou de outubro de 2013 a maio de 2015.


Resposta


A Tribuna tentou contato com o responsável pela empresa que seria de fachada, segundo o MPE, mas o responsável não estava. Uma funcionária, que se identificou na ligação como Eide, disse que o proprietário estava em viagem e que retornaria em duas semanas. Ela citou que não haveria outra forma de acioná-lo nesse período.


A Fundação ABC informou que ainda não foi notificada sobre essa ação civil pública. Por esse motivo, não vai se manifestar neste momento.
 

Prefeitura não é citada

Responsável pela contratação da Fundação ABC, a Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande informou que é de exclusiva responsabilidade legal e contratual da organização social eventuais problemas com compras internas que envolvam o custeio de seus serviços. A pasta não foi notificada oficialmente sobre a ação civil pública.

A Prefeitura não consta como ré nesse processo. Caso isso venha ocorrer, será aberto um processo interno para apurar o caso. Segundo a secretaria, todos os contratos passam pela fiscalização do Tribunal de Contas do Estado, pelo menos, duas vezes por ano e outros órgãos também fazem fiscalizações como o Conselho Municipal de Saúde, Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) e Tribunal de Contas da União.

A Administração contratou a Fundação ABC para cuidar da gestão do Hospital Irmã Dulce, Pronto-Socorro Central, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Samambaia e Unidade de Alta Complexidade em Cuidados aos Portador de Doença Renal Crônica e Terapia Renal Substitutiva.

Ex-mulher de PM assassinado faz desabafo e vídeo viraliza: 'Herói dos nossos filhos'

09/03/2018 05h09 Atualizado há 6 horas
fonte: G1 Santos


"Até quando homens de bem vão morrer nas mãos de bandidos? Soldado Fabiano, vou continuar cuidando dos nossos meninos. O pai deles morreu como um herói". O desabafo é da balconista Gleiciane Amaral de Sousa, de 31 anos, ex-mulher do policial militar Fabiano Oliveira da Silva, de 36, baleado e morto na Via Anchieta nesta semana.

Gleiciane, moradora de Praia Grande, no litoral de São Paulo, publicou um vídeo em uma rede social para agradecer a solidariedade de amigos e criticar a ação de criminosos no estado. A postagem foi compartilhada milhares de vezes e viralizou na internet. O ex-marido dela trabalhava na cidade vizinha, São Vicente, mas vivia na capital paulista, e foi baleado por dois motociclistas na rodovia.

A balconista e o policial permaneceram casados por dez anos, mas há dois já estavam separados. Eles têm dois filhos, Leonardo, que completa 2 anos nesta sexta-feira (9), e Fábio, de 6. "Nossa relação não deu certo. Mesmo assim, ele sempre foi um ótimo pai e era muito presente", afirmou emocionada ao G1.

"O Fabinho chorou no velório, mas a ficha dele ainda não caiu. O bebê ainda não entende. Eu me preocupo, pois pai a gente só tem um. E o Fabiano era uma boa pessoa, amava o que fazia. Ele tinha a preocupação de ser um exemplo para os dois filhos, e conseguiu ser, tenho certeza disso", fala a balconista.

A ex-mulher manteve uma relação de amizade com o policial após o fim do relacionamento. "Todos os colegas, os comandantes dele, vieram me cumprimentar e disseram que estão à disposição de nós. Mas eu entendo que são pessoas que também correm riscos, pois as leis não são feitas para pessoas de bem".

Para Gleiciane, mais que justiça pela morte do militar, ela entende que é preciso uma mudança social. "Quantas vidas ele salvou e, dessa vez, não teve ninguém para salvá-lo. O [filho] mais velho veio me perguntar quando veria o pai novamente. Eu disse para ele guardá-lo no coração, pois é onde está".

O caso

Fabiano foi encontrado, já baleado, por um caminhoneiro, na altura de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A suspeita inicial é de que ele tenha sido vítima de uma tentativa de assalto por dois motociclistas que o abordaram. A polícia investiga o que aconteceu e não descarta execução, pois nada foi levado.

Apesar de morar na capital paulista, o corpo dele foi velado e sepultado, nesta quinta-feira (8), em São Vicente, onde está a família dele. Na ocasião, a cerimônia teve honras militares e colegas policiais prestaram homenagens a Fabiano, que estava há vários anos na corporação.

Assaltantes destroem vidraça de loja e levam chopeiras em Praia Grande, SP

01/03/2018 19h10 Atualizado há 19 horas 
fonte: G1 Santos

Um trio arrombou uma loja especializada em cerveja em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (1º). Os suspeitos usaram uma chave de roda para estourar os vidros do estabelecimento, que fica na Avenida Costa e Silva, no bairro Boqueirão. Ninguém foi preso.

Segundo informações da polícia, três homens pararam em frente à loja, uma franquia pertencente a uma marca de cervejas, com um carro do tipo furgão. Com a ferramenta, um deles estourou parte da vidraça do local para invadir o estabelecimento.

Foram furtadas uma chopeira de dois bicos, do modelo naja, avaliada em R$ 4 mil, além de outras cinco chopeiras menores, sendo três delas de inox. Os suspeitos também levaram um jogo de facas importado que estava à venda no local.

Toda a ação foi flagrada por moradores de um prédio ao lado do endereço do roubo. O trio conseguiu fugir antes da chegada da polícia, que após tomar conhecimento dos fatos, registrou boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial do município. Até agora, ninguém foi preso.