Menina de 5 anos morre após tomar injeção em hospital: 'Desespero' (Em Praia Grande)

16/06/2019 06h30
Por G1 Santos

Uma menina de apenas cinco anos morreu após tomar uma medicação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Quietude em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na última sexta-feira (14). A família acusa os médicos de negligência. A Secretaria de Saúde Pública da cidade informou que o atendimento transcorreu 'dentro dos padrões e diretrizes determinados pelos órgãos de Saúde'.

Jefferson Silvério de Lima tem 28 anos e é pai da menina Gabrielly. Ele conta que a filha começou a ter febre na noite de quinta-feira (13) e foi levada, pela mãe da criança, a UPA Quietude pela manhã.

"Ela estava com uma febre leve, mas minha esposa decidiu levar para a UPA. Eles fizeram exame de sangue nela e o médico suspeitou de dengue. Depois, ele aplicou uma injeção que, para a gente, eles falaram que foi Dramin", relembra.

Gabrielly recebeu alta após a injeção e foi para casa. Poucas horas depois, a menina voltou a passar mal. "Ela não quis comer, pediu só um copo de água. Em seguida, a minha filha paralisou, ficou desacordada, não ouvia a minha mulher. Foi um desespero."

A mãe de Gabrielly novamente levou a menina para a UPA Quietude. Na unidade, a menina foi prontamente atendida, mas teve duas paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. "Recebi a notícia por telefone, minha esposa me ligou. Fui correndo para UPA e, quando vimos o corpinho dela, estava cheio de bolinhas vermelhas. Não sei o que pode ter acontecido."

O pai explica que a menina nunca teve alergia a nenhum tipo de medicamento e a família desconfia que a injeção que deram em Gabrielly era algo incompatível com a doença da menina. "Se fosse dengue, por exemplo, tem alguns remédios que não pode dar, né? Estamos tristes demais, era uma menina sempre alegre, não era de ficar doente. Estava sempre correndo, brincando. É muita tristeza", lamenta.

O corpo da menina foi levado para um hospital em Santos para que seja feita a autópsia para descobrir a causa da morte. A previsão é que seja liberado nos próximos dias.

Em nota, a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande, que administra a UPA Quietude, informou ao G1 que o atendimento transcorreu normalmente dentro dos padrão e diretrizes determinados pelos órgãos de Saúde. A Sesap explica ainda que está analisando o caso e, se constatada alguma irregularidade nos procedimentos desenvolvidos, a pasta tomará as devidas providências.

Jovem é estuprada dentro de viatura da PM em SP após militares oferecerem ‘carona’ (em Praia Grande)

14/06/2019
fonte: BHAZ

Uma jovem, de 19 anos, acusa dois policiais militares de estupro em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Segundo a vítima, o caso teria ocorrido nessa quarta-feira (12) no Terminal Rodoviário, após os policiais oferecerem uma “carona”. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e os policiais foram afastados.

“Ele me machucou muito. Enquanto o PM me estuprava, minha cabeça batia no vidro da viatura. O outro policial só dirigia como se nada estivesse acontecendo. Eu já chorei demais”, desabafou a jovem ao G1, nesta sexta-feira (14).

Carona para a rodoviária e estupro

De acordo com o relato da vítima, ela retornava de uma festa na casa de uma amiga e pediu informações aos policiais, indagando onde tinha um ponto de ônibus. A jovem explica que os militares ofereceram carona até o Terminal Rodoviário Tude Bastos, falando que seria mais tranquilo para que ela conseguisse um ônibus.

“Eu aceitei. Nunca esperei que uma pessoa que deveria garantir a minha segurança poderia fazer isso comigo”, explica.

Segundo a vítima, ela sentou no banco de trás e um dos policiais ficou ao seu lado. Durante o percurso, o policial começou a puxar seus cabelos e forçar um beijo.

“Ele abriu as calças, com a arma na cintura, e forçou a minha cabeça para que eu fizesse sexo oral nele. Depois me jogou no banco e me violentou sexualmente, sem camisinha. Eu falava que não queria e ele continuava. Senti muito medo e fiquei sem reação”, diz.

‘Ninguém trata como um abuso porque ele é um policial’

A jovem explica que, por ser um policial, as pessoas não acreditam em seu relato. Ela ficou em estado de choque. “Me deixaram na rodoviária como se nada tivesse acontecido. Ele ainda teve coragem de perguntar se estava tudo bem. Eu só queria ir embora”, acrescenta a vítima que, com o terror vivido, acabou esquecendo o celular no banco da viatura.

“Ninguém trata como um abuso porque ele é um policial, mas não deveria ser assim. Quando fui na delegacia prestar depoimento, ele ainda teve coragem de olhar para mim, com os braços cruzados, e riu ironicamente”, completa a vítima.

Policiais negam e caso será investigado

A Polícia Militar foi acionada após o ocorrido e a jovem foi encaminhada ao Hospital Municipal de São Vicente para realizar exames. O aparelho telefônico foi achado no banco da viatura onde a jovem afirma ter sido estuprada. Os policiais negam o crime.

O carro foi levado para a perícia e o caso registrado na Delegacia Sede de Praia Grande. Agora, a investigação ficará por conta da DDM.

Nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo na íntegra:

“O caso é investigado pela DDM da Praia Grande e pela Corregedoria da PM, que instaurou um inquérito Policial Militar. Os policiais envolvidos na ocorrência foram afastados. Laudos periciais foram solicitados. Todas as circunstâncias relativas aos fatos são apuradas”.

Padre é feito refém durante assalto em paróquia de Praia Grande

05-06-2019
fonte Vídeo: TV Tribuna/G1/Santos
fonte Reportagem: Jornal A Tribuna


O padre Joseph Thomas, de 58 anos, e uma cozinheira tiveram uma arma apontada para a cabeça por 40 minutos durante assalto na casa paroquial da Igreja Nossa Senhora das Graças, em Praia Grande. Eles foram amarrados por dois bandidos, na manhã de terça-feira (4), que fugiram levando anel, corrente, relógio e mais de R$ 22 mil.

Bastante abalado, padre Thomas conta que, depois da missa das 8h, dois criminosos armados invadiram a casa paroquial e renderam primeiro a cozinheira. Para isso, eles arrebentaram a porta corta-incêndio. “Ela teve os pés e as mãos amarrados. Reviraram a casa toda. Ficou muita coisa quebrada”.

Ele diz que, às 8h30, logo depois da missa, quando subiu para tomar café, também foi rendido. “Os dois homens falaram que eu deveria deitar no chão, colocaram a arma na minha nuca e avisaram que, se eu me mexesse, me matariam”.

Roubo

O padre lembra, ainda, que teve de entregar corrente, anel, relógio e documentos. Além disso, os bandidos levaram R$ 6 mil arrecadados para a festa junina da paróquia e U$$ 4 mil (cerca de R$ 16 mil) que o religioso tinha juntado para viajar em outubro para a Índia, seu país de origem.

Padre Thomas lembra dos momentos de terror ainda com medo. “Disseram que, se eu chamasse a polícia, voltariam para me matar. Quando eu tive de deitar no chão, achei que eles fossem atirar. Eles diziam o tempo todo que era para eu ficar quieto. Podiam levar o que quisessem, mas não esqueço a arma apontada para o meu rosto”.

As câmeras de monitoramento da paróquia registraram os passos da quadrilha e as imagens podem ajudar a Polícia Civil a identificar os autores do roubo, que seguem foragidos.

O padre diz que os criminosos trocaram de roupa antes de fugir e entraram num carro que já os aguardava em frente ao local. Ele acredita que mais dois homens olhavam o movimento no lado de fora da igreja.

Segundo ele, os bandidos já deviam conhecê-lo. “Eles ficaram na casa paroquial mais de meia hora. Acho que me conhecem muito bem. Realmente não sei como não me machucaram. Foram momentos de muito medo. Só não aconteceu algo comigo porque ainda não chegou a minha hora”.