Enfermeira se nega a atender pessoas passando mal e gera confusão em UPA de Praia Grande; VÍDEO

15/05/2024
fonte: A Tribuna / Santos

Uma confusão foi registrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do bairro Samambaia, em Praia Grande, no dia 6. Em vídeo enviado para A Tribuna, é possível ver o momento em que as pessoas que estavam esperando o atendimento se revoltam. (Veja vídeo no site da Tribuna)

Carolina Oliveira do Nascimento, de 42 anos, participou do desentendimento e contou para A Tribuna o que aconteceu. Ela foi à unidade com a filha, de 14 anos, e o filho, de 8, que apresentou suspeita de dengue. Ao chegar, por volta das 17h, o local estava lotado e as crianças aguardavam para serem chamadas.

“A fila estava na rua e os funcionários nos trataram com imenso descaso. Eu fui ficando nervosa, porque o meu filho e outras crianças estavam passando mal, e tudo isso aconteceu na hora da troca de plantão", afirmou.

Durante a troca de plantão, segundo Carolina, a chefe da enfermaria entrou em horário de trabalho. Com a chegada dela, de acordo com a mãe, tudo piorou, porque a profissional estava dando o termômetro para as próprias mães medirem os filhos. Nesse momento, a filha de Caroline viu um homem encostado na parede, prestes a desmaiar. No desespero, Carolina pegou uma cadeira de rodas que estava na sua frente e colocou o rapaz para sentar-se. “Eu o levei em direção a essa enfermeira e ela falou que era apenas uma crise de ansiedade e que não iria atendê-lo.”, explicou.

Depois de Carolina insistir, o homem foi atendido e levado para a emergência e, nesse momento, outra pessoa começou a passar mal. Carolina também levou esse paciente até a enfermeira, que, segundo ela, bateu a porta na cara dele, falando novamente que não iria realizar o atendimento. Outras pessoas começaram a discutir com a profissional.

Carolina contou ainda que os demais profissionais da unidade de saúde estavam concordando com os pacientes, que lutavam pelo direito de atendimento. “Meu filho estava queimando de febre, sem se alimentar. Poderia ter acontecido alguma coisa com ele durante a espera. Foi caótico e as pessoas devem gritar pelos seus direitos”, desabafou.

Posicionamento

A Tribuna entrou em contato com a Prefeitura de Praia Grande. Confira a resposta na íntegra:

A UPA Samambaia informa que nesta segunda-feira (6) uma acompanhante de um paciente que já havia sido atendido começou a deslocar pacientes que estavam aguardando pela triagem até o corredor de atendimentos médicos da unidade, atitude que pode, inclusive, colocar em risco as vidas daqueles que aguardavam.

A triagem de pacientes é essencial em serviços de saúde, pois identifica rapidamente os pacientes com quadros mais graves e instáveis, garantindo que recebam atendimento imediato, enquanto aqueles com condições menos urgentes podem aguardar com segurança. Isso otimiza o tempo dos profissionais e salva vidas. A UPA ainda esclarece que a enfermeira não negou atendimento aos pacientes em momento algum, apenas solicitou que o fluxo da unidade fosse respeitado. É importante ressaltar que nenhum dos pacientes encaminhados pela acompanhante necessitava de atendimento de urgência e emergência.

A UPA lamenta a agressão sofrida por sua colaboradora e prestará todo auxílio necessário.

Idosa cai após tropeçar em calçada com elevação e lesiona braços, joelho e costela em Praia Grande

15/05/2024
fonte: A Tribuna / Santos

Uma idosa de 78 anos tropeçou e caiu enquanto caminhava na calçada, sofrendo danos pelo corpo, na sexta-feira (10), em Praia Grande. O marido dela, Robson Luís Borges, de 49 anos, que trabalha como iluminador, contou para A Tribuna que não é a primeira vez que isso acontece.

Por volta das 15h30 de sexta-feira, o iluminador e a esposa, Marlene de Melo Pacheco Pereira, decidiram ir ao banco, mas não esperavam o que aconteceria no caminho.

Na Avenida Presidente Kennedy, na altura do número 8.179, Marlene tropeçou e caiu por conta de uma elevação que havia na calçada. “Há umas elevações que forçam a gente a torcer o pé, e muitos buracos. Às vezes, são vários degraus elevados na calçada. Você está num plano e vê vários degraus elevados com os pisos que eles põem, nas lajotas”, diz Robson.

O local do tombo foi em frente à Unidade de Saúde da Família (Usafa) Mirim. Logo em seguida, Robson e a esposa foram até o local para que a idosa recebesse atendimento. Marlene realizou exames como raios X e tomografia. De modo geral, ela machucou os dois braços, sendo que um deles precisou ser engessado, além de joelho e costela. A idosa também precisou tomar algumas injeções. “Tenho que ajudar a deitar e dar banho nela”, conta o marido.

Robson também lembrou que a esposa possui uma filha com necessidades especiais, que precisa da ajuda da mãe. “(Marlene) vai na casa da filha dela e faz almoço. Isso atrapalhou toda a rotina. Ela não passou nem o Dia das Mães com a filha, está muito chateada”.

homem de 49 anos também cobrou manutenção para as calçadas do município. “É um descaso ver que só tomam conta da orla, porque o lado da (Avenida) Presidente Kennedy é abandonado”, critica.

Resposta

A Prefeitura de Praia Grande informou que enviará uma equipe ao local para verificar as condições da calçada e efetuar os eventuais reparos necessários no trecho.


Jovem é baleado por atiradores de moto no litoral de SP (em Praia Grande)

15/05/2024
fonte: G1/Santos

Um jovem, de 23 anos, ficou ferido após ser baleado por atiradores desconhecidos em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Segundo apurado pelo g1, nesta quarta-feira (15), dois criminosos passaram de moto efetuando disparos contra a vítima.

O jovem contou aos policiais que estava em frente à casa da namorada, localizada no bairro Tude Bastos, quando foi surpreendido pela dupla que passou atirando em cima de uma moto. A vítima foi atingida na nádega esquerda e o projétil saiu pelo fêmur direito.

O homem foi socorrido ao Hospital Irmã Dulce. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como tentativa de homicídio no início de terça-feira (14).

A Polícia Civil de Praia Grande investiga as circunstâncias do crime e trabalha para identificar os atiradores. Procurado pelo g1, o Hospital Irmã Dulce não informou sobre o estado de saúde do paciente até a última atualização desta reportagem.

Alunos espancados por colegas em escola de SP (em Praia Grande foram levados para o 'banheiro da morte'; entenda

22/04/2024
fonte: G1 / Santos

Carlos Teixeira, de 13 anos, morreu no último dia 16, uma semana após dois colegas pularem sobre as costas dele. Um segundo estudante, de 14, já foi agredido no mesmo local.

Um banheiro da escola estadual de Praia Grande, no litoral paulista, onde o adolescente Carlos Teixeira foi agredido antes de morrer, é conhecido como “banheiro da morte” pelos estudantes. A mãe de outro aluno, de 14 anos, relatou que o filho já foi espancado no mesmo local. Segundo os familiares ouvidos pelo g1, o ambiente não tem câmeras. A reportagem teve acesso a um áudio que sugere que a direção sabia sobre a fama do banheiro (confira abaixo).

Os casos ocorreram na Escola Estadual Professor Júlio Pardo Couto. Carlos Teixeira morreu após sofrer três paradas cardiorrespiratórias na terça-feira (16), enquanto estava internado na Santa Casa de Santos. A declaração de óbito revelou que ele morreu por broncopneumonia bilateral, tipo de inflamação nos alvéolos dos pulmões, responsáveis pela troca de oxigênio com o sangue.

Segundo Julisses Fleming, pai de Carlos, o menino reclamava de perseguição por parte de colegas desde fevereiro. Imagens obtidas pela equipe de reportagem mostram ele sendo encurralado no banheiro em questão por vários alunos. Um deles aplica um golpe de enforcamento, prendendo o pescoço da vítima, enquanto outros o empurram (assista acima).


Declaração de óbito de Carlos, de Praia Grande (SP), traz como causa da morte uma broncopneumonia bilateral — Foto: Reprodução


Após o caso vir à tona, Tatiane Boeno, mãe de um menino de 14 anos que também frequenta a escola, contou ao g1 que o filho dela também foi espancado no banheiro. Segundo ela, foram sete colegas que deram tapas e pontapés, duas vezes em um único dia, em outubro do ano passado. Um dos episódios foi dentro do "banheiro da morte", já outro em uma “sala de cinema” do instituto.

Ela descobriu que o filho havia sido agredido no mesmo dia dos fatos, após ele tentar sair escondido da escola. "Ficou com medo porque o ameaçaram de represália na saída", lembrou. "Mas foi 'pego' e levado para a diretoria", contou ela.

A mãe desabafou que o sentimento é de revolta e medo. "Esse banheiro é perigosíssimo. Todas as brigas são resolvidas lá, pois não tem câmera. Eles [os agressores] esperam o aluno que querem fazer bullying entrar e, então, atacam em bando. São sempre os mesmos", afirmou. Ainda de acordo com ela, o menino ficou com hematomas e arranhões pelo corpo devido ao episódio.

Mãe diz que filho foi espancado por sete alunos na mesma escola onde Carlos Teixeira, morto aos 13 anos, foi agredido pelas costas — Foto: Arquivo Pessoal e Reprodução

‘Quem entrar aqui, a gente mata’

A advogada da família de Carlos, Amanda Mesquita, apurou que não há câmeras de monitoramento no interior do ambiente, apenas nos corredores.

Ela enviou ao g1 um áudio de WhatsApp feito por um aluno da unidade de ensino, cuja data de gravação não foi especificada. O garoto diz que outro aluno “saiu correndo” para chamar a diretora quando presenciou Carlos sendo agredido.


“Nesse mesmo dia, o menino [Carlos] tinha corrido para o banheiro, os ‘moleque’ [sic] foram e pegaram ele no banheiro. Aí falou para ele assim: ‘aqui é o banheiro da morte, quem entrar aqui, a gente mata’. O ‘moleque’ jurou ele de morte na frente da professora. A professora virou para ele e falou assim: ‘ah, lá fora vocês se entendem, aqui não’”, diz o menino no áudio.

Relembre morte de Carlos

Carlos Teixeira morreu uma semana depois de dois colegas pularem sobre as costas dele, no dia 9 de abril, dentro da escola estadual de Praia Grande. O pai dele afirmou que o filho era saudável e acredita que a morte aconteceu em decorrência da agressão sofrida.

As últimas palavras de Carlos Teixeira foram sobre o medo que ele tinha de morrer. Julisses contou à equipe de reportagem que, no hospital, mesmo com fortes dores nas costas e dificuldades para respirar, o menino agradecia aos médicos e a Deus.

Minutos antes de Carlos morrer, no entanto, o homem contou ao g1 que precisou acalmá-lo. O adolescente passou a dizer repetidamente que tinha medo de partir. "Me sinto acabado e destruído", afirmou o pai.

O g1 entrou em contato com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo para uma manifestação sobre o chamado "banheiro da morte", mas ainda não obteve retorno.

Roubo de carga cai na Baixada Santista, apesar de alta em Praia Grande e Santos

27/03/2024
FOLHA DE S. PAULO

SÃO PAULO

Embora os roubos de carga tenham caído na região da Baixada Santista, as cidades de Santos e Praia Grande registraram aumentos de 150% e 82,4% nas ocorrências no primeiro bimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado.

A marca de 31 ocorrências em Praia Grande —soma dos casos de janeiro e fevereiro— foi a mais alta para o período desde 2018, quando foram registrados 59 roubos de carga.

Já em Santos foram dez casos, número mais alto desde 2019, que teve 15 roubos. Ao todo, a região de Santos, que conta com municípios no litoral e no interior, teve queda de 8,2% neste tipo de crime.

Já a Baixada Santista, composta por nove municípios no litoral, teve queda de 18,8% nos roubos. Foram 56 em 2024, contra 69 no primeiro bimestre de 2023.

Movimentação de caminhões na área do porto de Santos, no litoral de SP - Adriano Vizoni - 2.fev.2024/Folhapress

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, a queda na região é resultado de políticas de combate aos roubos na região. Sobre Santos e Praia Grande, "a pasta está ciente dos indicadores e tem concentrado esforços para combater essa modalidade criminosa", afirma a nota.

"Prova disso, foi o recuo deste tipo de ocorrência no segundo mês do ano em Santos e também na somatória das principais cidades da região (Santos, Praia Grande, São Vicente e Guarujá), que tiveram redução de 24,2% nos casos. Considerando o bimestre, os quatro municípios juntos reduziram em 10,3% as ocorrências", diz a secretaria.

Em 2023, primeiro ano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), os roubos de carga nas 24 cidades da região de Santos bateram recorde e registraram aumento de 156% na comparação com 2022.

Das quatro cidades com mais ocorrências no ano passado, Praia Grande liderou, com 196 ocorrências. Também foi a única com aumento no primeiro bimestre de 2024. São Vicente, Guarujá e Cubatão tiveram quedas, respectivamente, de 66,7%, 75% e 40%.

INVESTIGAÇÃO E PREJUÍZOS

Para investigar e enfrentar as quadrilhas, um dos desafios é a coleta de informações precisas sobre as ocorrências —tipo de carga e tamanho do comboio, por exemplo. Outra questão é a investigação deste tipo de crime.

Como mostrou reportagem da Folha, dados de janeiro a setembro de 2023 indicavam que, em meio a 4.424 registros de roubo naquele período, 494 inquéritos foram instaurados —ou seja, apenas 11,2% dos casos receberam, na época, apuração formal.

Dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística referentes a 2022 mostram que o prejuízo causado por roubos de carga foi maior no Sudeste, com R$ 966,6 milhões de um total de R$ 1,18 bilhões subtraídos naquele ano.

Roubos de carga tiveram aumento exponencial em 2023 na região da Baixada SantistaRoubos de carga tiveram aumento exponencial em 2023 na região da Baixada Santista

Guarujá, São Vicente, Praia Grande e Bertioga têm recorde de furtos em 2023

27/01/2024
fonte: Folha de São Paulo

Quatro cidades da Baixada Santista, em São Paulo, tiveram recorde de furtos em 2023, o primeiro ano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). Guarujá, Praia Grande, São Vicente e Bertioga registraram a maior alta do crime da série histórica, iniciada em 2001.

No ano passado, das 9 cidades da Baixada Santista, 6 tiveram alta no índice criminal ligado ao comércio ilegal de celulares roubados.

Bertioga teve a maior alta do ano, com 22% mais ocorrências do que em 2022, quando foram comunicados 1.419 casos. Em 2023, saltou para 1.735. Em comparação com 2021, a cidade quase dobrou no ano passado a quantidade de furtos.

Praia Grande foi o município com maior número de furtos, com 6.864 ocorrências, seguido por Santos (6.616), São Vicente (4.654), Guarujá (4.412), Itanhaém (2.516), Mongaguá (1.931), Bertioga (1.735), Peruíbe (1.670) e Cubatão (1.376).

Praia Grande teve em 2023 o terceiro ano consecutivo de altas nos furtos —em relação a 2021, houve aumento de 32% nas ocorrências.

Em Guarujá, a tendência de alta nos furtos segue ininterrupta desde 2019, após seis anos seguidos de baixa no indicador criminal. Em relação aos roubos, o balneário teve dois anos de crescimento consecutivos, 2022 e 2023, com salto de 25,5% no ano passado.

O mesmo ocorreu em São Vicente, que teve duas altas seguidas e viu um aumento de 65% no número de ocorrências de roubo em 2023 na comparação com 2021.

Em Santos, 2022 foi um dos anos mais violentos da cidade, quando houve um salto de 37% nos roubos em comparação a 2021, após sete anos seguidos de quedas nesse tipo de crime. No ano passado, manteve patamar parecido. Em relação aos furtos, o município mantém tendência de alta desde 2021.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), da gestão Tarcísio de Freitas, disse que, na Baixada Santista em 2023, houve a recuperação de 2.326 veículos roubados e furtados, um aumento de 42,1% em relação ao ano anterior, e que 853 armas ilegais foram apreendidas, um crescimento de 19,1%. No período, foram presos 11.246 infratores, 9,5% a mais em comparação com 2022.

A Operação Verão, que reforça o policiamento no litoral durante o período de férias, resultou, até o momento, na prisão de 286 adultos e apreensão de 19 menores, segundo a pasta. Entre eles estavam 129 foragidos da Justiça.

Entre as cidades que tiveram queda nos registros de furtos, Itanhaém teve a maior retração, com 14% menos ocorrências do que no ano anterior. Mongaguá e Peruíbe registraram, respectivamente, 11% e 8% menos furtos no mesmo período.

A alta histórica de furtos na Baixada Santista já havia sido constatada em balanço prévio das estatísticas criminais de 2023, entre janeiro e novembro.

Policiais que atuam na região ouvidos pela reportagem indicaram que, assim como em outras partes do estado, o celular é o item mais visado, além de bicicletas e motos.

Em relação aos roubos, cinco municípios tiveram um 2023 com maior número de assaltos do que no ano anterior. O mais violento foi São Vicente, onde foram registrados 32% mais ocorrências, seguido por Guarujá (26%), Cubatão (24%), Praia Grande (16%) e Bertioga (5%).

Em Santos, Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe caíram as ocorrências desse tipo.

A alta recorde de furtos também acometeu o estado de São Paulo no ano passado, quando foram registradas 576.278 ocorrências do tipo. O número é o maior da série histórica e 2,4% a mais do que o observado no período anterior (562.610).

Situação semelhante foi constatada na capital, onde os furtos atingiram patamar histórico. Foram 250,8 mil ocorrências ante 235,4 mil em 2022.

Chamado de crime de ocasião, o furto de celular é um crime de menor potencial ofensivo, mas o crescimento dos registros leva a uma crescente sensação de insegurança na população, segundo Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.

Para o pesquisador Guaracy Mingardi, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as estatísticas refletem a expansão do crime de receptação de celular roubado por se tratar de um item rentável e fácil de revender. "O ladrão rouba celular porque é mais fácil, é rentável. Tem celular que o ladrão vai ganhar mais ou menos a mesma coisa do que ele ganha se roubar um carro, e o risco é menor", diz. "E [o aumento de furtos] vai continuar acontecendo. Não tem trabalho para se evitar o furto de celular", continua.

Além disso, o pesquisador explicou que o ano passado consolidou o período pós-pandemia em que as pessoas voltaram à vida normal sem as restrições impostas pela Covid-19. "O pessoal começou a ir mais para praia. Então, vai ter mais turista e mais celular circulando nessas cidades."

Em Praia Grande: Ex-delegado geral da Polícia Civil é assaltado com arma na cabeça ao lado de esposa no litoral de SP

17/12/2023
fonte: G1 / Santos

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, sofreu um assalto em Praia Grande, no litoral de São Paulo, onde atua como secretário municipal. Imagens obtidas pelo g1 neste domingo (17) mostram o crime sendo cometido por dois ladrões, que fugiram do local. Ambos acabaram presos momentos depois (assista acima).

O caso aconteceu no bairro Canto do Forte, no último sábado (16). No vídeo, Ruy Fontes, de 61 anos, aparece acompanhado da esposa, de 51. Conforme apurado pelo g1, o casal tinha acabado de sair de um restaurante e estava a caminho de casa. Eles estavam em uma moto e, ao seguirem em direção ao estacionamento, foram abordados pela dupla, que também estava em uma motocicleta.


Nas imagens, é possível ver o ex-delegado-geral levantando os braços em sinal de rendição quando um dos criminosos aponta a arma na direção da cabeça dele. Enquanto isso, o comparsa checa os bolsos da vítima, pega um cordão do pescoço dela e foge. Em seguida, o ladrão armado também rouba um objeto do pescoço de Ruy e foge na moto do ex-delegado-geral.

De acordo com a Polícia Civil, os criminosos, ambos de 21 anos, foram presos em flagrante na Rua Antônio Cardoso Ferreira por agentes da Guarda Civil Municipal (GCM). Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou que a equipe chegou até os criminosos após a moto utilizada pelos ladrões ser identificada pelo sistema de monitoramento da cidade.

A dupla tinha fugido com celulares, joias, cartões e a moto do casal. Os criminosos confessaram o crime e foram identificados pelas vítimas, que recuperaram um celular e a moto.

A motocicleta usada pelos ladrões foi apreendida e o caso foi registrado como roubo, associação criminosa, localização/apreensão e entrega de veículo e objeto na Delegacia de Polícia de São Vicente.

A vítima

Ruy Ferraz Fontes, de 61 anos, é delegado aposentado e atualmente trabalha como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande. Além de delegado-geral da Polícia Civil de SP entre 2019 e 2022, ele já atuou como diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).

Ruy iniciou a carreira como delegado em 1988 e, ao longo dos anos, trabalhou em diversos setores da Polícia Civil. Além disso, durante 11 anos foi professor Assistente de Criminologia e Direito Processual Penal de uma universidade e professor de Investigação Policial pela Academia da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

Histórico

Em maio do ano passado, o ex-delegado-geral da Polícia Civil de SP sofreu uma tentativa de assalto na capital. Ele dirigia pela Avenida do Estado, próximo à Avenida Presidente Wilson, na Zona Sul, quando foi abordado por dois homens em uma moto que tentaram assaltá-lo.

Segundo Fontes, o que estava na garupa desceu armado e bateu no vidro do carro. Ao perceber que o carro era blindado, o bandido voltou para a moto, e a dupla tentou fugir. A vítima iniciou uma perseguição contra os bandidos, que saíram da Avenida do Estado, entraram na Avenida Arno e percorreram cerca de cinco quarteirões.

De acordo com Fontes, ele fechou a motocicleta dos bandidos e um dos criminosos sacou a arma. Por isso, o delegado reagiu. No entanto, os dois homens subiram com a moto na calçada e fugiram.

Esta não é a primeira vez que Fontes reage a abordagens de assaltantes. Em 2020, o então delegado-geral da Polícia Civil foi cercado por criminosos no Ipiranga, na Zona Sul. Ele também reagiu ao assalto e baleou o suspeito, que fugiu ferido.

Em abril de 2012, quando era delegado na Zona Sul, Fontes foi cercado por dois homens ao sair da Rodovia Anchieta, no ABC paulista. Durante o tiroteio, um homem morreu e outro foi ferido.