Praia Grande (SP) sofre com assaltos em ciclovias: 'Nossa segurança é Deus'

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)
18/09/2015 06h00


Com 79,5 km de ciclovias e outros 24,4 km a serem abertos até abril de 2017, Praia Grande (a 71 km de São Paulo) tem uma das maiores redes viárias para bicicletas no país -- a capital paulista tem, em comparação, 356,8 km, entre ciclorrotas e ciclovias. Mas, apesar da boa conservação geral das pistas e de seu monitoramento por câmeras de vídeo, usuários e comerciantes relatam frequentes assaltos a ciclistas, em especial nas temporadas de verão.

Moradores da cidade ouvidos pelo UOL dizem que o reforço policial informado pelo governo do Estado e os trabalhos de urbanização descritos pela prefeitura têm sido insuficientes para coibir a ação de bandidos e reduzir a sensação de insegurança. Há quem diga ter deixado a bicicleta de lado após ter sido roubado em uma ciclovia.

Nem o município nem a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) dispõem de informações específicas sobre furtos e roubos na malha cicloviária: as estatísticas mostram o número geral de ocorrências. Elas aumentaram na comparação entre os primeiros semestres de 2013 e 2014 e baixaram de 2014 para este ano – no entanto, com resultados piores que os de 2013.

O uso da bicicleta é uma opção ao veículo motorizado e ao transporte coletivo e ganha importância em cidades com rápido crescimento populacional, como Praia Grande. O município recebeu 63 mil de seus 290 mil moradores nos últimos dez anos (alta de 28%). Porém a frota de carros e motos quase triplicou no período: de 36 mil em 2005 para 103 mil em 2014, segundo dados mais recentes.

Uma dessas motocicletas é a do meio-oficial de construção civil Adaílson Rodrigues Araújo, 29. Há dois anos, ele trabalhava como pizzaiolo no período noturno e conta ter sofrido dois assaltos em um mês, ambos no bairro Ocian, nas ciclovias que margeiam a via Expressa Sul – um conjunto de vias expressas que facilitam o acesso às entradas e saídas da cidade.

"Era um trecho escuro. Agora, colocaram mais luz. De vez em quando, ainda uso a ciclovia para ir a um lugar próximo, visitar um amigo. Mas, para trabalhar, vou de moto mesmo", diz Araújo.
'A segurança da gente é Deus'

"Sempre tem policiamento e a guarda [municipal, que faz patrulhamento preventivo], mas tem assalto em qualquer horário, ainda mais no fim de semana", afirma Maria José dos Reis Santos, 48, funcionária de uma loja de artigos de praia no Jardim Guilhermina.

"Não está melhorando nada. A segurança da gente é Deus", declara o quiosqueiro João Evangelista, 66, que vende comida e bebidas na praia da Aviação e cuja mulher já foi assaltada.

O aposentado Everaldo Alves de Miranda, 59, que pedalava em um trecho da ciclovia da orla no Jardim Guilhermina, nunca foi roubado "por ser meio esperto". "Os caras [ladrões] sabem quem é turista e quem não é. O turista geralmente ostenta alguma coisa, usa uma roupa menos gasta. Agora, sobre andar na ciclovia, fica difícil quando tem obra, porque botam trator no meio", afirma.

Miranda se referia a obras no calçadão da praia, que ocorriam em vários pontos enquanto a reportagem esteve na cidade. Segundo a prefeitura, coqueiros e árvores estão sendo realocados e haverá nova iluminação, para ampliar o alcance das câmeras de videomonitoramento da prefeitura, 93 delas voltadas às ciclovias (não só as da orla). As intervenções, contudo, não eram sinalizadas.
Alto número de roubos

Números da SSP apontam que, no primeiro semestre deste ano, registraram-se 2.260 roubos (subtração de bens mediante ameaça ou violência) em Praia Grande. O número caiu 17,5% em relação ao mesmo período de 2014 (1.877), mas foi superior ao verificado entre janeiro e junho de 2013 (1.484).

A quantidade de furtos (sem violência e desconsiderados os de veículos) é praticamente a mesma nos três períodos – 2.634 em 2013, 2.678 em 2014 e 2.544 em 2015, sempre considerados os primeiros seis meses de cada ano.

Em nota enviada pela secretaria, a PM (Polícia Militar) informou realizar "operações periódicas na orla e na ciclovia" durante todo o ano, com reforço no verão e em feriados prolongados, devido ao movimento de turistas. Citou que, desde 2011, contrataram-se 183 policiais "para a região de Santos" e há reforço de 30 PMs em Praia Grande mediante diária especial por jornada extra.

A prefeitura, também por nota, declarou manter patrulhamento preventivo com carros elétricos, motorizados e duas bases da Guarda Civil Municipal, uma delas móvel. Também mencionou ter cadastrado cerca de 20 mil ciclistas desde 2011, colocando adesivos nas bicicletas para identificar condutores e tornar esses veículos visíveis à noite. A medida também serve para redirecionar ações de trânsito.
Cultura automobilística

Doutor em Planejamento Urbano e Regional pela USP (Universidade de São Paulo), José Marques Carriço considera que a troca de veículos motorizados por bicicletas, no dia a dia, depende não apenas da abertura de ciclovias. Para ele, é preciso fazer bicicletários públicos e incentivar a construção de particulares, o que exige mudanças na legislação urbanística das cidades, e incentivar ações como a Semana Mundial sem Carro, que começa nesta sexta-feira (18).

"O barbeiro do qual sou cliente, por exemplo, trabalha em um shopping center e tem de deixar a bicicleta amarrada em um poste, porque o estacionamento do shopping não quer se responsabilizar em caso de furto. Carro pode, bicicleta não. É uma concepção cultural pela qual o ciclista é tratado como pessoa de segunda categoria", opina Carriço.

Esse exemplo mostra, na opinião do urbanista, o quanto a "cultura do automóvel iniciada na década de 1950 [no governo Juscelino Kubitschek, 1956-1961] e mantida pelo lobby da indústria automobilística" prejudica a inserção de ciclovias no sistema viário.

"Em países como a Holanda e os escandinavos, as ciclovias são largas e ao lado das calçadas, não no centro das vias. Isso facilita muito a relação do ciclista com as atividades econômicas, pois, para sair da ciclovia, ele não precisa atravessar a rua para chegar a um estabelecimento", compara.

Operação da PM termina com morte e tumulto em Praia Grande, SP

26/08/2015 17h15 - Atualizado em 26/08/2015 19h26
Do G1 Santos


Uma operação policial em Praia Grande, no litoral de São Paulo, resultou na morte de uma pessoa e em tumulto com moradores do bairro Vila Sonia no começo da tarde desta quarta-feira (26). De acordo com informações da polícia, o homem baleado teria participado de um roubo de carga e foi alvejado após reagir à ação de policiais. Até o momento não há informações de outras vítimas.

Policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) e da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (ROCAM) foram deslocados até a Rua Cinco onde o grupo que tentou assaltar um caminhão de carga estava escondido. Durante a ação os policiais trocaram tiros com os suspeitos e um dos rapazes acabou morrendo após ter sido baleado.

Revoltados com a morte do suspeito, os moradores começaram um tumulto. A polícia utilizou bombas para tentar dispersar a multidão e o helicóptero Águia da Polícia Militar prestou apoio durante a ação.

Homem é morto a tiros em estacionamento em Praia Grande, SP

26/08/2015 11h02 - Atualizado em 26/08/2015 11h02
Do G1 Santos

Um homem foi morto a tiros em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na noite desta terça-feira (25). De acordo com informações da Polícia Militar, nenhum suspeito foi preso.

Segundo testemunhas, a vítima estava parada em frente a um estacionamento, no bairro Vila Tupi, quando dois homens passaram de moto e atiraram na direção dele. O homem foi atingido por cerca de sete tiros e morreu no local.

A ocorrência foi encaminhada à Delegacia Sede de Praia Grande. A Polícia Civil investiga a motivação do crime e possíveis suspeitos de participação no assassinato.

Ex-policial militar é assassinado e tem o corpo queimado em Praia Grande

24/08/2015 12h12 - Atualizado em 24/08/2015 12h14
Portal G1/Santos
 
Um ex-policial militar foi assassinado em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (24). De acordo com informações da Polícia Militar, duas pessoas foram detidas suspeitas de participação no crime.

De acordo com a Polícia Militar, Edson Begueto, de 31 anos, trabalhava no setor administrativo, mas foi exonerado. O ex-policial seria usuário de drogas e, após uma discussão com os criminosos, ele foi espancado e morto em uma residência no bairro Vila Mirim. Os suspeitos levaram o corpo do ex-policial para os fundos do Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade e atearam fogo.

A Polícia Militar encontrou o corpo por volta das 10h. Logo depois, a PM recebeu denúncias e conseguiu encontrar dois suspeitos. Eles foram encaminhados à Delegacia de Praia Grande, para prestar depoimento.

Ciclista é morto a tiros após reagir a assalto em Praia Grande, SP

15/07/2015 08h58 - Atualizado em 15/07/2015 15h21
Do G1 Santos


Um adolescente de 15 anos foi assassinado após reagir a um assalto em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na noite desta terça-feira (14). De acordo com informações da Polícia Militar, o jovem chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Adolescente foi morto após assalto em Praia Grande (Foto: Arquivo Pessoal)
Adolescente foi morto após assalto em Praia
Grande (Foto: Arquivo Pessoal)

A vítima estava andando de bicicleta com um amigo, próximo à Avenida Ângelo Perino, quando foi abordada por dois criminosos. Segundo a polícia, o adolescente reagiu ao assalto e discutiu com os criminosos, que acabaram ficando nervosos e atiraram no rosto do garoto. Um tio da vítima viu a ação e o socorreu, mas o jovem morreu no hospital.

Após a ação, os suspeitos fugiram sem levar nenhum objeto. Policiais do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep) realizavam um patrulhamento pela cidade e conseguiram deter os suspeitos, que também eram menores de idade. Com eles, os policiais encontraram um revólver calibre .38 com numeração raspada, utilizado na ação.

Os suspeitos foram detidos em flagrantes e encaminhados à Delegacia Sede do município, onde a ocorrência foi registrada.

Líder do PCC em Praia Grande é executado com 20 tiros

30/06/2015 - 18:54 - Atualizado em 30/06/2015 - 22:16 
 
Thiago Anjos Santos, de 28 anos, conhecido como TH, um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em Praia Grande, foi executado com 20 tiros na tarde desta terça-feira (30) no bairro Anhanguera, em Praia Grande. 

Ele havia saído da prisão em 16 de abril, tem extensa ficha criminal e é suspeito de ter mandado matar um policial civil de Praia Grande no ano passado. 

Quando chegaram ao local do crime, policiais militares foram informados de que TH já havia sido socorrido por populares e levado ao Pronto-Socorro Quietude, onde chegou morto. 

Por enquanto, não há suspeita de autoria do crime, de acordo com a Polícia Civil. No local da ocorrência, testemunhas não quiseram conversar com os policiais militares. 

TH tinha muitos inimigos e era sobrinho de Rinaldo Bispo dos Santos, o Talibã, morto há pouco mais de um ano com tiros de fuzil e pistola na Vila Mirim, também em Praia Grande. 

O caso foi registrado na Delegacia do Município. As investigações já estão em andamento para tentar identificar os responsáveis pelo crime.

Trio invade agência dos Correios e faz funcionários reféns em Praia Grande

12/06/2015 15h49 - Atualizado em 12/06/2015 15h53
Do G1 Santos


Uma agência dos Correios no bairro Guilhermina, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi assaltada por três criminosos na manhã desta sexta-feira (12). Um dos suspeitos foi detido pela Polícia Militar.

De acordo com uma testemunha que estava no local e foi feita refém durante o assalto, no início da ação somente um homem teria sido avistado invadindo a agência e rendendo todos os funcionários. Na sequência, outros dois criminosos entraram e ajudaram a levar da unidade dois sacos e três caixas com diversas mercadorias.

A PM foi acionada e quando as autoridades chegaram ao local conseguiram prender um dos suspeitos, que estava guardando as mercadorias em um dos carros conduzidos pelo trio. Os outros dois conseguiram fugir em um segundo automóvel.

De acordo com o funcionário da agência, que prefere não se identificar, esta é a quarta vez que assaltantes invadem o local. “Isso sempre acontece e somos reféns deles. Desta vez, nos ameaçaram dizendo que, se alguma coisa acontecesse com eles, sofreríamos represálias”, comenta.

O suspeito foi detido em flagrante e encaminhado para o 1º Distrito Policial (DP) da cidade, onde a ocorrência foi registrada. Os outros dois criminosos seguem foragidos.