Casal homossexual é agredido em mercado de Praia Grande e aponta preconceito: 'Tomados de ódio'

18/11/2023
fonte: ATrbuna / Santos

Um casal homoafetivo, de 23 e 29 anos, foi vítima de agressões na noite da última terça-feira (14) dentro de uma unidade da Rede Cuca, na Avenida Doutor Vicente de Carvalho, na Ocian, em Praia Grande. As vítimas estavam na Cidade à turismo e relataram que foram agredidos e xingados com ofensas de cunho homofóbico.

A Tribuna conversou com as vítimas, um publicitário, de 23 anos, e um psicólogo, de 29, que narraram que estavam no mercado para fazer compras e viram dois homens com latas de cerveja na mão. Eles pareciam estar um pouco bêbados. Quando o casal passou pelos rapazes, descrevem ter escutado insultos vindo deles, dizendo que “não gostavam de ‘viadinhos’”.

“Nesse momento eu peguei e perguntei o que eles tinham dito. Eles vieram para perto, insultando a gente e falando que iam ‘quebrar nossa cara’. Um deles chegou a levantar a mão, falei que ninguém ia bater em ninguém, mas eles começaram a esmurrar a gente”, comentou o publicitário.

“Eles deixaram claro o tempo todo que não gostavam de ‘viadinho’ e que a gente merecia apanhar”, relembrou o psicólogo sobre as agressões. Ele ressaltou que deixaram evidente que se tratava de um ataque homóbico e que em momento algum tiveram assistência da equipe do mercado.

Foram socos e chutes que deixaram hematomas no psicólogo, que foi a maior vítima das agressões por não conseguir se defender devido a um deslocamento no ombro. Já o publicitário disse que conseguiu revidar os ataques em alguns momentos, porém no início ficou paralisado diante da situação.

“Ninguém ajudou, ninguém fez nada. Essa foi uma das minhas maiores revoltas. Virou um tumulto. Quando viram que eles não paravam de bater, conseguimos tirar eles de cima do meu namorado. Eles estavam tomados de ódio e raiva. Depois que a briga acabou, separaram a gente e ele continuava naquela. Quando fui para a parte de trás do mercado, me falaram que eles estavam arrumando confusão na porta chamando uma menina de ‘sapatão’”, desabafou o publicitário.

A agressão aconteceu próximo ao açougue do mercado e, segundo o casal, funcionários estavam presentes. Uma idosa que presenciou a cena foi a única a se manifestar contra as agressões. Após a saída dos rapazes, eles afirmaram que a equipe da Rede Cuca se mobilizou para dar água e prestar auxílio, mas que ninguém sequer chamou a Polícia Militar (PM).

“Estou inseguro de voltar lá. Ninguém (do mercado) mandou uma mensagem para a gente, a gente está indo atrás, tentando ligar e ninguém atende. Eles estão bloqueando comentários, então é isso. A gente não teve realmente nenhum suporte assim. A única coisa que aconteceu foi que alguns funcionários por conta própria vieram falar com a gente”, ressaltou.

Na sequência, o casal procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência sobre o caso, como lesão corporal e injúria. A carteira de um dos agressores, de 22 anos, caiu e foi encontrada, o que possibilitou que o registro lhe identificasse. O outro envolvido ainda não foi identificado.

Eles passaram por exames periciais de corpo de delito e agora comentaram que buscam por maneiras de superar o trauma. “Depois a gente foi no mercado comprar as coisas e tive uma crise de choro, porque eu estava com muito medo. Fico muito assustado e mal. Então, fisicamente estou conseguindo me recuperar, mas não sei descrever o que eu estou sentindo, o tamanho da humilhação”.

A Reportagem tentou contato com a Rede Cuca para um posicionamento sobre o caso, porém não obteve um retorno até a publicação desta matéria. Nas redes sociais, foi divulgada uma nota de repúdio contra o ato de violência motivado por homofobia.

“O ato criminoso de violência contra este casal revela a emergência da intolerância e do conservadorismo, observado não apenas em crimes como este, mas também em discurso e práticas preconceituosas, presentes em diversas instâncias do cotidiano brasileiro atual”, relatou em nota.

A Rede manifestou nas redes sociais o total apoio e solidariedade aos clientes agredidos. Também disse que desejam que, por meio de suas práticas, consigam contribuir para construção de uma sociedade “menos violenta e mais humanizada”.



Donos de adega são presos por falsificação e adulteração de bebidas alcoólicas no litoral de SP (em PRAIA GRANDE); VÍDEO

11/11/2023
fonte: G1 / Santos

Dois proprietários de uma adega, de 26 e 33 anos, foram presos suspeitos de falsificar e adulterar bebidas alcoólicas e contrabandear cigarros, no bairro Trevo, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Imagens obtidas pelo g1, nesta sábado (11), mostram o líquido de uma das garrafas sendo analisado e o resultado apontando o produto como falso. (veja o vídeo).

Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade foram até o estabelecimento para cumprimento de uma ordem de combate à comercialização de bebidas falsificadas, de cigarros eletrônicos e contrabandeados na manhã da última quinta-feira (9).

Os policiais foram recepcionados na adega pelos proprietários e encontraram uma prateleira no estabelecimento com cigarros de origens paraguaia e indiana, ambos têm vendas proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ao todo, 970 carteiras de cigarros foram apreendidas pelos policiais e serão encaminhadas à Polícia Federal. Além disso, foram apreendidos três cigarros eletrônicos e oito embalagens de essências líquidas para uso desses dispositivos, proibidos pela Anvisa.

Os policiais também apreenderam bebidas alcoólicas na adega, entre elas: seis garrafas de whisky falsos, além de 16 garrafas de licor e quatro de gin que, embora mantivessem as características originais, tinham sinais de violação nos selos e contrarrótulo, indicando tentativa de fraude. 

De acordo com o BO, a ação foi acompanhada por um representante da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que usou o equipamento específico para analise das bebidas apreendidas.

Os homens foram encaminhados à delegacia, onde permaneceram à disposição da Justiça. O caso foi registrado como falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e contrabando na DIG de Praia Grande.

Vídeo mostra empresário sendo executado a mando da própria esposa no litoral de SP (em Praia Grande)

10/11/2023 15h21
fonte: G1 / Santos

Um vídeo, obtido pelo g1 nesta sexta-feira (10) mostra o momento em que o empresário Marcos Nascimento da Rocha, de 48 anos, é morto a tiros em Praia Grande, no litoral de São Paulo. A esposa Janaina Teixeira Valentim Bastos, de 46, confessou ter sido a mandante do assassinato. Ela e o motorista da fuga foram presos. As investigações continuam para localizar o atirador.

O caso aconteceu no dia 16 de setembro. O empresário havia acabado de fechar a adega que administrava na Avenida Guilhermina, no bairro de mesmo nome. A vítima se preparava para dar uma carona a um casal de amigos, quando foi executada.

As imagens da câmera de monitoramento mostram Rocha e o casal de amigos entrando no carro. Em seguida, a vítima tenta sair com o veículo, mas o atirador aparece e dispara contra ele. As testemunhas, que não foram atingidas saem do automóvel, e o criminoso corre.

O empresário tira o cinto, sai do carro e senta na calçada. Logo depois, a Polícia Militar (SP) aparece chegando no local. No final do vídeo, é possível ver o atirador, flagrado por outro câmera de monitoramento, caminhando para encontrar o motorista de fuga.

Segundo uma das testemunhas, o atirador apareceu na janela da vítima e disse: 'Toma'. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) socorreu Rocha e o levou ao hospital. Ele levou três tiros no tórax e chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Empresário morto a tiros tinha histórico de dívidas e envolvimento com agiotas, diz esposa Esposa de empresário assassinado confessa ter sido a mandante do crime e é presa no litoral de SP

Motivação

Na época, o g1 teve acesso ao depoimento da esposa. Ela havia relatado à Polícia Civil que o empresário estaria envolvido com agiotas e tinha históricos de dívidas.

De acordo com a autoridade policial, os agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade identificaram o motorista da fuga, de 31 anos. O homem contou que a esposa de Rocha teria pagado para ele e um amigo matarem o empresário.

A autoridade policial pediu a prisão temporária da esposa, que foi interrogada e confessou ter mandado matar o marido. A mulher destacou que a motivação não seria ganhos financeiros. O objetivo era se livrar de violências e agressões que, segundo ela, eram praticadas por Rocha.

A esposa foi presa por envolvimento no homicídio do marido. O motorista da fuga foi detido em flagrante por porte de arma de uso restrito e indiciado pela morte do empresário. As investigações continuam para localizar o autor dos disparos.

O g1 tentou, mas não conseguiu localizar a defesa de Janaina até a última atualização desta reportagem. 

Homem é agredido até a morte após ser acusado de estupro no litoral de SP (em Praia Grande)

07/11/2023
fonte: G1 / Santos

Um homem de 28 anos morreu após ser espancado em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Imagens obtidas pelo g1, nesta terça-feira (7), mostram uma dupla arrancando a bermuda da vítima e, depois, dando chutes, socos e golpes. Um dos agressores foi preso em flagrante. O caso é investigado pela Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade.

Em depoimento à polícia, o preso disse que havia saído de casa para pescar, quando viu um homem correndo atrás de outro. Ele contou ter se juntado à caçada após ouvir que vítima teria tentado estuprar o filho do rapaz que a perseguia.

As imagens obtidas pela reportagem mostram a vítima tentando escalar um portão, quando a dupla se aproximou e começa a puxá-la pelas pernas. Ela chega a ter a bermuda arrancada, fica nua e cai no chão, quando começa a ser espancada.

Primeiro a vítima leva um chute no rosto do agressor detido. Na sequência, o homem que teria feito a acusação da tentativa de estupro bate na cabeça dela com um macaco -- nas imagens, ele aparece buscando o equipamento no carro.

A Polícia Militar (PM) foi acionada para atender a ocorrência no bairro Aviação, no domingo (5). Os agentes encontraram o homem caído no chão com lesões pelo corpo e um sangramento na nuca. Eles acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou a morte no local.

Investigações

Os dois agressores fugiram após espancarem a vítima. A PM apresentou o caso na delegacia, que solicitou a perícia e deu início às investigações.

Ainda no domingo, conforme consta no BO, os policiais receberam a informação de que um dos carros envolvidos estaria estacionado no Portinho, na entrada da cidade. A equipe foi até o local e abordou o suspeito, que foi preso em flagrante. As investigações continuam para identificar o outro agressor.

O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.