Prefeito de Praia Grande é investigado por desapropriar terreno comprado por ele

Estadão
14.07.16 - 09h20

O Ministério Público Estadual (MPE) investiga o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), por ter desapropriado parte de um terreno que ele comprou em 2008 na cidade do litoral sul de São Paulo para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) construir uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no local.

O terreno já é alvo de ação judicial na qual a Prefeitura de Praia Grande já foi condenada em 2004, quando Mourão também era prefeito, por permitir loteamento clandestino de uma Área de Preservação Permanente (APP), conhecida como Acaraú-Mirim. Em 2007, um ano antes de Mourão comprar o terreno por R$ 2,1 milhões, um recurso apresentado pela gestão dele foi indeferido pela Justiça, que ordenou a recuperação da área.

A suspeita é de que Mourão tenha usado o cargo de prefeito, que ele ocupa pela quarta vez, para obter vantagens pessoais com a área, causando prejuízo aos cofres da cidade. O caso é investigado há cerca de um ano pela promotora Ana Maria Frigerio Molinari, da Praia Grande, e, mais recentemente, pelo setor de Crimes de Prefeitos da Procuradoria-Geral de Justiça, onde o tucano e a mulher dele, Maria Del Carmen Padin Mourão, devem prestar depoimentos.

Processo

No dia 14 de julho de 2014, Mourão publicou um decreto de desapropriação em favor da Sabesp de três áreas no bairro Quietude, próximo à Rodovia dos Imigrantes, que somam cerca de 21,5 mil metros quadrados. Em fevereiro de 2015, a estatal pediu a imissão de posse das áreas ao juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Praia Grande após depositar em juízo R$ 785,7 mil.

Quando os supostos proprietários das áreas, Paulo Vitor Vieira e a mulher dele, Irene Siqueira, foram citados no processo de desapropriação, o advogado do casal informou à Justiça que eles haviam vendido todo o terreno, que possui 195 mil m², para o prefeito de Praia Grande em 30 de outubro de 2008, pelo valor de R$ 2,1 milhões.

Cópia do contrato de compra e venda anexada ao inquérito mostra que 50% da área foi adquirida por uma empresa do prefeito chamada Mourão Construtora Incorporadora Ltda. em sociedade com a empresa Transportes Rodoviários A.J.R., em nome de Ronaldo dos Santos, que ficou com os outros 50%. Os pagamentos ao casal Vieira e Irene foram feitos por meio do repasse de sete apartamentos e um duplex de 500 metros quadrados, todos na Praia Grande, além de dois cheques de R$ 50 mil.

Procurado pela reportagem, Mourão admitiu, por meio da assessoria de imprensa da prefeitura, que adquiriu a posse do terreno de Vieira em sociedade com a Transportes Rodoviários A.J.R. e disse que “não havia escritura de propriedade”. Em 2010, afirma ele, “transmiti minha participação na posse a essa mesma empresa”.

Mourão afirma ainda que “o poder expropriante é da Sabesp” e que quando a desapropriação ocorreu, em 2014, “a área não era mais dele, “não havendo portanto o que informar para a concessionária”. “Quanto às investigações do MP, não há que se falar em desvio de recursos nem em prejuízo ao erário. Estou tranquilo, juntando toda documentação que elucidará os fatos”, completou.

Em relatório finalizado em maio deste ano, porém, a promotora Ana Maria Frigerio Molinari afirma que a escritura na qual Mourão teria passado sua parte ao sócio foi “fabricada” para “ocultação” do contrato no qual ele aparece como dono de 50% da área. No documento, ele estende as investigações por mais 180 dias.

A Sabesp informou, em nota, que teve conhecimento da investigação “apenas em 2 de março de 2016, quando foi solicitada pelo próprio MP a fornecer cópia do documento relativo à desapropriação”. Segundo a companhia, a ação de desapropriação “foi ajuizada em 29 de janeiro de 2015 contra o espólio de Juvenal Ferreira – representado pela inventariante Helena Frangello Ferreira -, Paulo Vitor Vieira e Irene Siqueira Vieira, ocupantes e possíveis detentores de direitos de posse e herança da área”.

O caso também foi denunciado na Câmara Municipal de Praia Grande em junho deste ano pela vereadora Janaina Ballaris (PT), que disse ter sido procurada por moradores da área loteada com medo de perderem suas moradias. “Quando fui ver do que se tratava descobri que o prefeito é quem havia comprado essa área com um contrato de gaveta. Ele usou a caneta para obter lucro”, disse.

O advogado do casal Vieira e Irene, Jurandir França de Siqueira, disse que o terreno foi vendido por seus clientes e que não comentaria o caso por telefone.

PM é assassinado em Praia Grande após negociar compra de aparelho de som

TRIBUNA ON-LINE
04/07/2016 - 12:45 - Atualizado em 04/07/2016 - 16:28
    O policial militar Diego Felipe Ramos,  de 27 anos, foi morto na manhã desta segunda-feira (4), em Praia Grande, depois de cair numa armadilha para a suposta compra de um aparelho de som, negociada por um aplicativo na internet.
    A vítima, de Itajaí (SC), agendou um encontro com os supostos vendedores do equipamento para as 9 horas de desta segunda-feira (4), em uma rua no bairro Jardim Glória, perto do Instituto Neymar.  
    Ao chegar ao local, o homem foi rendido por quatro bandidos e houve troca de tiros.  O PM, que estava acompanhado de um parente, acabou sendo baleado. O parente do policial o socorreu e o levou ao Hospital Irmã Dulce, onde não resistiu aos ferimentos e morreu.
    O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Praia Grande.

    Dois homens são presos em Praia Grande por fraude eletrônica

    03/07/2016 - 07:36 - Atualizado em 03/07/2016 - 07:39
    A Tribuna / Santos

    Policiais do 2º DP de Praia Grande prenderam dois homens acusados de integrar um bando especializado em fraudes eletrônicas. Por meio da internet, o grupo transferia indevidamente dinheiro das contas correntes de clientes de bancos para outras de integrantes da quadrilha. Depois, sacavam os valores e os dividiam entre si.

    As capturas de Marcos Paulo da Silva Neves, de 25 anos, e Daniel Ferreira dos Santos Neto, de 27, ocorreram logo após eles sacarem R$ 5 mil na agência do Banco Itaú localizada na Avenida Presidente Kennedy, no Bairro Aviação. O dinheiro fora transferido da conta de um cliente de Curitiba para a de Marcos Paulo.

    O Setor de Fraudes da instituição financeira desconfiou da transferência, no valor total de R$ 15 mil, porque ela não faz parte do perfil de transações do cliente paranaense. Representantes do banco entraram em contato com o correntista e ele não reconheceu a operação, afirmando ser ação de golpistas.

    Marcos Paulo quis retirar todo esse montante e, para isso, precisou agendar o saque. A equipe do delegado Fernando Henrique Faria foi avisada e montou uma operação para capturá-lo. No momento do flagrante, ele estava acompanhado de Daniel, que também recebeu voz de prisão.

    Por questões administrativas, o Itaú só disponibilizou R$ 5 mil para o saque, sendo esse valor apreendido pelos policiais e restituído ao banco. Faria autuou os dois acusados pelos delitos de estelionato e associação criminosa, determinando a sua remoção à cadeia. As investigações prosseguem para identificar o restante do grupo.

    “Apuramos que um homem apelidado por Coxa recrutou Daniel para indicar pessoas que poderiam fornecer as suas contas bancárias para receber transferências indevidas. Marcos Paulo foi um dos indicados, sendo-lhe prometido por Coxa 10% dos valores repassados. A Daniel caberia 5%”, finalizou o delegado.

    Procurado

    Foragido de Diadema desde 2007 e condenado a 28 anos de reclusão por homicídio, Edison Pereira da Silva, de 48 anos, foi recapturado na Avenida Presidente Kennedy, no Bairro Mirim, por investigadores do 2º DP de Praia Grande. O procurado da Justiça estava desarmado e não resistiu à prisão.

    Mantida a quebra dos sigilos bancário e fiscal do prefeito de Praia Grande

    STJ
    30/06/2016 15:19

    A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve por unanimidade as quebras dos sigilos bancário e fiscal do prefeito de Praia Grande, decretadas pela 15ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

    O Ministério Público (MP) de São Paulo instaurou representação criminal para apurar desvio de valores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), repassados ao município para projetos de urbanização.

    No decorrer das investigações, surgiram indícios de crimes federais, sendo o processo enviado para a Justiça Federal. O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o prefeito pelos crimes previstos nos artigos 312 (peculato) e 317 (corrupção passiva) do Código Penal.

    Sigilo

    O MP estadual requereu ainda a quebra dos sigilos do prefeito para investigar possível concessão irregular de créditos de IPTU. Contra essa decisão, Alberto Pereira Mourão interpôs recurso no STJ pleiteando a nulidade das quebras de sigilos.

    A defesa sustenta que a quebra dos sigilos foi embasada em fatos desvinculados da representação criminal em andamento, sem nenhum indício da prática de crime.

    Alega ainda a ausência de competência da Justiça estadual para apreciar a solicitação das quebras dos sigilos e para a continuidade da ação penal, uma vez que os fatos investigados se relacionavam com desvios de verbas do BNDES, já apurados pela Polícia Federal.

    Relator

    No STJ, coube ao ministro Nefi Cordeiro, da Sexta Turma, especializada em direito penal, a relatoria do caso. Para o ministro, apesar de ambas as investigações terem como origem a chamada "operação Santa Tereza", da Polícia Federal, as condutas investigadas nas esferas federal e estadual não possuem relação.  

    Na Justiça Federal, encontra-se em trâmite ação penal que visa apurar a prática de desvios de verbas do BNDES; enquanto no âmbito estadual se examina a concessão irregular de créditos de IPTU e ITBI.

    “Não há conexão e assim não se aplica a prevalência do foro federal”, disse o ministro, para quem a quebra dos sigilos ocorreu com base em indícios da prática de crime e foi justificada pelo MP.

    O relator ressaltou também que, como surgiram indícios de outros delitos, como concessão irregular de IPTU e enriquecimento ilícito para financiamento eleitoral, “nada impede que tal fato seja averiguado pelo órgão competente, inexistindo ilegalidade no deferimento motivado da quebra do sigilo bancário e fiscal”.

    Esta notícia refere-se ao(s) processo(s):  RMS 50473

    Alvo da operação Cavalo de Aço está foragido: veja quem são os presos

    Megaoperação terminou com 12 detidos, entre eles um líder do PCC e dois PMs

    A TRIBUNA ON-LINE 
    Atualizado em 29/06/2016 - 10:35

    Apenas um dos acusados de envolvimento com o crime organizado em Cubatão, e que teve a prisão temporária decretada pela Justiça, não foi localizado na megaoperação, batizada de Cavalo de Aço, realizada na manhã de terça-feira (28), na Baixada Santista. Por não ter sido encontrado, ele agora ostenta a condição de foragido. Em compensação, uma pessoa que não constava da relação de procurados foi capturada em flagrante por porte ilegal de munição. 

    Essa pessoa é Marília Santos de Carvalho, de 31 anos. Mulher do soldado Marcos Oliveira de Carvalho, de 35 anos, ela foi presa em casa, em Praia Grande, porque escondia sob a calcinha um cartucho intacto de pistola calibre .40 e uma cápsula de cocaína de 2 gramas. 

    Autuada pela posse ilegal de munição de uso restrito, Marília foi removida à cadeia feminina anexa ao 2º DP de São Vicente. O soldado Carvalho, que atua no Policiamento Rodoviário, já trabalhou na 4ª Companhia do 21º BPM/I (Cubatão) e foi preso na residência do pai, em Guarujá. 

    Além do casal, outras dez pessoas foram presas na operação. Entre elas estão Wilson Gonçalves Moreira, o Pelé, de 54 anos, apontado como torre (liderança) no Primeiro Comando da Capital (PCC) na região, e responsável pela venda de entorpecentes, e sua irmã, Elisabete Gonçalves Moreira, a Bete Rosa, de 50. 

    Presidente do diretório cubatense do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Bete Rosa é a mulher de Fábio Alves Moreira, o Fábio Roxinho, vereador do município pela mesma sigla. Ela possui um restaurante no lugar onde as investigações contra o grupo criminoso tiveram início há cerca de um ano e meio. 

    Na residência do casal, localizada na Rua Manoel Florêncio da Silva, no Jardim Nova República, nada de ilícito foi encontrado, mas Bete foi presa devido à ordem de captura. 

    O político afirmou confiar na Justiça e refutou qualquer envolvimento da mulher em crimes. Em relação a Pelé, seu cunhado, disse saber que ele já foi preso por tráfico de drogas e roubo, mas negou eventual outro vínculo, além do familiar. 

    Monitoramento 

    Informações de que os soldados Marcos Oliveira de Carvalho e Rodrigo Santiago Lima Pereira, de 29, davam proteção a traficantes de drogas e deles recebiam dinheiro em contrapartida começaram a ser apuradas pela Corregedoria da Polícia Militar no final de 2014. 

    No início deste ano, as investigações ganharam o reforço do núcleo santista do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP), e avançaram, identificando Pelé como o cabeça do esquema e outras pessoas que agiam sob o seu comando.

    Por diversas oportunidades, Corregedoria da PM e Gaeco protelaram prisões em flagrante de pessoas que se dirigiram a pontos de tráfico para recolher o faturamento da venda de drogas, porque o objetivo era justamente aprofundar as investigações e chegar ao maior número de envolvidos possível.

    Graças a essa “ação controlada”, conforme justificou um dos responsáveis pela força-tarefa, fotografias dos acusados em situações comprometedoras foram tiradas. “As provas foram robustecidas e levantamos mais pessoas ligadas à organização criminosa”.

    Confira a relação completa de presos: 

    1. Wilson Gonçalves Moreira, Pelé, 54 anos (líder do bando)
    2. Elisabete Gonçalves Moreira, 50 anos (irmã de Pelé)
    3. Marcos Oliveira de Carvalho, 35 anos (soldado da PM)
    4. Rodrigo Santiago Lima Pereira, 29 anos (soldado da PM)
    5. Marília Santos de Carvalho, 31 anos (mulher do soldado Carvalho)*
    6. Gustavo dos Santos Gonçalves, o Gugu, 18 anos
    7. Veruska Raquela Franco Provazi, 33 anos
    8. Wagner Dias Costa Júnior, 26 anos
    9. Renato Ferreira da Silva, 44 anos
    10. Felipe Cézar de Carvalho (idade não divulgada)
    11. Paulino Lima Ferreira, Da Jaca, 48 anos
    12. Letícia Trindade da Silva, 29 anos (mulher de Paulino)
    * Única acusada que não teve prisão temporária decretada pela Justiça

    Criminosos fingem ser passageiros e saqueiam ocupantes de ônibus em SP

    G1 Santos
    25/06/2016 17h29 - Atualizado em 25/06/2016 17h33

    Três homens se passaram por passageiros para assaltar ocupantes de um ônibus intermunicipal que faz a linha entre as cidades de Santos e Peruíbe, no litoral de São Paulo. O crime aconteceu na noite da última sexta-feira (24), na altura da cidade de Praia Grande. Um dos suspeitos de participar da ação foi detido por guardas municipais.
    Assalto aconteceu na Avenida Marginal, por volta das 22h15 (Foto: Divulgação/Guarda Civil Municipal)

    O trio começou agir quando o coletivo passava na Avenida Marginal de Praia Grande, no bairro Melvi, por volta das 22h. No total, 18 pessoas foram roubadas.
    O G1 conversou com uma passageira que preferiu não se identificar. Ela contou que os criminosos abordaram os ocupantes, banco por banco, um de cada vez e, apenas um deles estava armado. "Eles abriam as bolsas e escolhiam o que iriam levar. Queriam basicamente celular e dinheiro", revela.
    Ainda segundo a vítima, quando o motorista percebeu a ação dos suspeitos parou o ônibus próximo a um posto da Guarda Civil Municipal, abriu a porta e correu para pedir ajuda. Assim que os criminosos perceberam que o veículo não estava mais em movimento, desceram do coletivo e fugiram.

    A Guarda Civil Municipal encontrou um dos suspeitos cerca de cinco quadras do local do crime. Ele estava com uma sacola cheia de celulares e uma mochila e foi reconhecido pelas vítimas na Delegacia Sede de Praia Grande. Parte dos pertences encontrados foram devolvidos.

    Demora no atendimento

    Além do susto, a passageira reclamou da demora para registrar o boletim de ocorrência na Delegacia, já que havia apenas uma pessoa no atendimento. O crime aconteceu por volta das 22h, mas ela só conseguiu sair da delegacia às 6h30 deste sábado (25). "Quando eu fui embora, ainda tinha gente para ser ouvida. A escrivã estava sozinha e precisava falar com todos, eram 18 pessoas. Ou seja, além de passar por um susto e ser roubado, ainda temos que ficar horas na delegacia", lamentou.

    Idoso assaltado por menor que matou turista desabafa: 'Logo ela está na rua'

    20/06/2016 05h21 - Atualizado em 20/06/2016 10h43
    G1 Santos

    O idoso que foi assaltado pela jovem Amanda Ribeiro Freitas na tarde de sexta-feira (17) relatou o medo e desabafou sobre o fato da suspeita ter saído da Fundação Casa há menos de um ano. Amanda chegou a ser detida quando tinha 15 anos após ter assassinado um turista com um tiro à queima roupa. O G1 tentou contato com a família da jovem, que prefere não se manifestar sobre o assunto. Desta vez, a garota foi presa após assaltar um idoso em Praia Grande, no litoral de São Paulo.
    Osmar não acredita que adolescente ficará presa por muito tempo em Praia Grande (Foto: G1)

    Amanda foi detida quando ainda tinha 15 anos ao assassinar um turista com um tiro à queima roupa também em Praia Grande, durante um assalto. Ela permaneceu na Fundação Casa por quase dois anos, até ser solta.

    Na última sexta-feira (17), o empresário Osmar Matheus, de 65 anos, foi abordado por Amanda e um comparsa da jovem enquanto carregava produtos em seu carro. “Apareceu a mulher com um revólver na mão e nisso eu peguei e saí devagarzinho e me escondi. Eles pegaram meu carro e saíram”, explica.

    O idoso afirma que a ação não foi violenta, porém ficou com receio que a jovem pudesse efetuar um disparo. “Eu fiquei com medo e acho que a nossa Justiça dá mais direito pras pessoas que fazem as coisas erradas. A gente não pode bater, não pode falar nada e eles estão dando risada na cara da gente”, desabafa.

    Na delegacia, Osmar descobriu que Amanda havia assassinado um turista após ele parar o carro na Avenida Marginal da Via Expressa Sul, em Praia Grande. Na época do crime, a jovem tinha 15 anos de idade e disparou contra o peito do turista após se irritar com ele durante o assalto. O caso aconteceu em janeiro de 2013.
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    Osmar afirma que foi informado do caso pelo delegado e diz acreditar que Amanda não deverá ficar presa por muito tempo. “Logo ela está na rua e eu terei que fazer um boletim de ocorrência novo”, conclui.
    Assalto

    Amanda e seu comparsa foram presos em flagrante por receptação e roubo na tarde do dia 17 de junho de 2016. Segundo informações da Polícia Civil, a dupla não respeitou a ordem de parada feita por Guardas Civis Municipais (GCMs) e teve início uma perseguição, que durou cerca de 20 minutos até o momento da abordagem. Durante a fuga, a dupla se desfez de uma arma que estava com eles.

    Além de Amanda, Vitor Lima, de 19 anos, também foi preso e encaminhado ao 1º Distrito Policial do município, onde a ocorrência foi registrada. Durante o registro do caso, um idoso de 65 anos compareceu ao DP, afirmando ter sido assaltado por um casal de moto, armado, que levou seu carro.

    A polícia então desconfiou de Amanda e Vitor, que acabaram sendo reconhecidos pelo senhor. Segundo a GCM, o casal se desfez da chave do carro roubado durante a perseguição.

    Assassinato

    Esta não foi a primeira vez que Amanda foi levada à delegacia por suspeita de ter participado de um crime. No dia 6 de janeiro de 2013, Amanda, então com 15 anos de idade, abordou um turista que parou seu carro na Avenida Marginal da Via Expressa Sul para pedir informações.

    A adolescente chegou próximo do carro com uma arma em punho e anunciou o assalto. Durante o assalto, a vítima segurou a mão dela e pediu que não levasse nada. Neste momento, a jovem acabou se irritando e deu um tiro no peito do turista, que morreu minutos após ter sido alvejado.

    Amanda foi detida três meses após o crime por policiais da Franco da Rocha, na grande São Paulo.