Dos nove municípios da Baixada Santista, Praia Grande se mantém há meses com o pior resultado

Atualizado em 26/09/2017 - 07:56
A Tribuna / Santos

Não é difícil saber por que todo mundo conhece alguém que já foi assaltado: de janeiro a agosto deste ano, já foram 13.113 registros de roubos na Baixada Santista, mais de 50 por dia. O aumento é de 8,21% em relação ao mesmo período de 2016, quando houve 12.118 casos de grave ameaça por ladrões que levaram pertences. 

Dos nove municípios da região, Praia Grande se mantém há meses com o pior resultado absoluto – 3.233 assaltos em oito meses. A Cidade, monitorada por câmeras e com Guarda Civil Municipal armada, não consegue ações efetivas para reduzir esse tipo de crime: mais de 13 moradores e turistas se deparam diariamente com ladrões. Os dados mensais foram divulgados na segunda-feira (25) pelo Governo do Estado.

“Apesar de ainda estar alto, há uma tendência de diminuição. Comparando agosto de 2016 com o de 2017, tenho uma queda de 7,8% dos roubos. A estratégia de centralizar o Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) e voltar com a Força Tática em quatro cidades acabou surtindo efeito. Se essa tendência se mantiver, vamos apresentar diminuição (nos roubos) até o final do ano”, diz o comandante da Polícia Militar (PM) na Baixada Santista e Vale do Ribeira (CPI-6), coronel Rogério Silva Pedro.

Os estupros também preocupam, porque representam o mais alto índice de aumento entre as principais estatísticas da criminalidade: 20,11% de janeiro a agosto deste ano, em comparação ao mesmo período de 2016. Itanhaém lidera as ocorrências de violência sexual, com 39 registros no período. Para Silva Pedro, a questão deve ser observada sob outro ângulo: não depende apenas de patrulhamento preventivo.

“Analisando Itanhaém, só um estupro foi na rua, aquele em que o indivíduo aborda e leva a mulher para algum local. Os casos envolvem ex-marido dentro da casa de ex-mulher, parentes, vizinhos, familiares dentro da própria casa da vítima. Sempre com esse vínculo. As mães precisam ficar mais atentas e procurar (em caso de desconfiança) o Conselho Tutelar, a delegacia ou acionar a PM”, diz o coronel.

Outros crimes

A quantidade de homicídios dolosos (com intenção de matar) foi menor, de 96 para 90 assassinatos (-6,25%). Embora tenha havido baixa na região, cinco cidades tiveram mais mortes: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Praia Grande e São Vicente.

Outra modalidade criminosa que teve redução foi o roubo de veículos, com 5,05% menos carros e motos levados. O trabalho específico de combate a esse delito fez com que os latrocínios (roubos seguidos de morte) tivessem estabilidade, acredita o comandante.

“Nos preocupa muito o roubo de veículo, porque existe maior tensão nesse tipo de ocorrência, envolvendo força física. Colocamos equipes da Força Tática nos locais onde eles ocorrem e o Baep nos pontos de onde saem os infratores”, explica. 


Dupla é flagrada furtando rodas de veículo no Marapé, em Santos

Atualizado em 24/09/2017 - 19:06
A Tribuna / Santos

Dois homens foram presos furtando as rodas de um veículo de passeio no bairro do Marapé, em Santos, durante a madrugada deste domingo (24). Com os criminosos, policiais militares apreenderam quatro estepes, três macacos, duas chaves de roda, uma chave de fenda, além de materiais de encaixe para macaco. Apenas uma das vítimas, que teve as rodas de seu veículo furtadas, foi localizada. Todos os furtos aconteceram em Santos. 

De acordo com informações divulgadas pelo Comando de Policiamento do Interior - 6 (CPI-6), Marcos Nunes Andrade, de 22 anos, e Pablo Dias de Almeida, de 20 anos, foram capturados após denúncia anônima sobre furtos de rodas de veículos nas imediações da Rua Saturnino de Brito. Conforme populares, após o crime, os bandidos deixavam os veículos apenas sobre macacos. 

Com base nas características dos suspeitos, repassadas pela linha do 190, policiais militares se dirigiram ao local e, durante patrulhamento, flagraram os acusados furtando as rodas de um Toyota Corolla, na cor prata. 

Abordados, os suspeitos, que residem em Praia Grande, apontaram um outro veículo que estava sendo utilizado para transportar todos os objetos furtados. No interior do carro foram encontrados rodas, estepes e ferramentas de uma Eco Sport, Ford, cor preta, de um Peugeot 308, cor branca, de um FIAT Mobi cor vermelha, e de um Ford Fiesta cor prata. 

De todos os veículos furtados, apenas o proprietário da Eco Sport foi localizado e compareceu ao 1º DP. Ele reconheceu um estepe e um macaco e teve seus pertences devolvidos. 

Também compareceu à delegacia o proprietário do Corolla, que teria duas rodas furtadas antes da chegada da PM ao local. 

A Polícia Civil tenta agora identificar as outras  vítimas para devolver os demais objetos furtados.Os acusados foram indiciados por furto qualificado. 

Polícia prende homem que fabricava arma dentro de casa em Praia Grande

Atualizado em 24/09/2017 - 12:50
A Tribuna / Santos

Um homem, de 53 anos, foi preso em flagrante com pistolas, munição e material para produzir armamento em uma casa no Canto do Forte, em Praia Grande, na noite de sábado (23). Ele foi localizado depois de brigar com a mulher, que o denunciou à Polícia Militar.

Segundo informações da Polícia Militar, os agentes foram acionados por uma mulher que havia brigado com o marido. Assim que chegaram no local,  os policiais encontraram munições de vários calibres, duas pistolas e materiais para produção de outras armas. 

Ainda de acordo com a corporação, o homem não estava no imóvel, mas foi encontrado em um bar no Parque Bitaru, em São Vicente, onde foi preso e encaminhado à Delegacia Sede da cidade. 

Segurança mata homem a pauladas em Praia Grande

Atualizado em 21/09/2017 - 22:24
A Tribuna / Santos

Lutador de artes marciais golpeou a vítima com um pedaço de pau (Foto: Divulgação) 
O lutador de artes marciais Rafael Batista Barbosa Leite, de 27 anos, foi detido por policiais do 1º DP de Praia Grande e confessou ter assassinado com golpes de madeira o serralheiro Luís Carlos dos Santos, de 43. O crime teve como pivôs e testemunhas três travestis.

O homicídio aconteceu na madrugada da última sexta-feira (15), na Rua Dr. Ciro Carneiro, no Bairro Guilhermina. Durante esse período, o lugar funciona como ponto de prostituição de travestis, que desapareceram do local após o crime.

A vítima não portava documentos e o seu corpo foi encontrado por policiais militares por volta das 5 horas, ao lado do muro de um terreno, perto da esquina com a Avenida Presidente Kennedy.

Inicialmente, foi cogitado que o então desconhecido levou um tiro na cabeça, além de sofrer fratura na mandíbula. Porém, o acusado nega que tenha utilizado arma de fogo para matar o serralheiro. Segundo ele e os travestis, Luís Carlos foi morto a pauladas.

Sob o comando do delegado Juvenal Marques Ferreira Filho e do investigador Olívio Bento, os policiais Celso Santana, Vanda Possa e Silvia Pamplona obtiveram as imagens da câmera de segurança de um comércio. Elas ajudaram a desvendar o caso.

A filmagem mostra a vítima chegar a pé na Rua Ciro Carneiro. Momentos depois, três travestis caminham para o mesmo local. Posteriormente, as travestis saem correndo e ingressam na Presidente Kennedy, sentido Boqueirão.

Um homem também corre para a avenida, mas a sua fuga é na direção contrária, até uma drogaria situada nas imediações. Com o avanço das investigações, apurou-se que o lutador de artes marciais trabalha como segurança da farmácia.

Antes de procurarem Rafael, os policiais identificaram as três travestis e tomaram os seus depoimentos. “Elas disseram que são as pessoas que aparecem na filmagem e apontaram o segurança da farmácia como o autor do homicídio”, informou Olívio Bento.

Motivação

De acordo com a versão das travestis, elas não conheciam Luís Carlos, que estaria aparentemente embriagado e passou a importuná-las. Por esse motivo, elas alegaram que foram à drogaria para pedir auxílio ao segurança.

A intenção das travestis, segundo elas frisaram, era a de que Rafael apenas pedisse para Luís parar de incomodá-las. Porém, o segurança começou a agredir a pauladas o serralheiro, que ficou desfalecido. Posteriormente, o acusado voltou sozinho ao local do crime e desferido mais golpes na vítima.

Receoso em ser descoberto, o segurança procurou as travestis no dia seguinte e lhes pediu para ficar de “boca fechada”, conforme elas contaram. Segundo as testemunhas, até serem descobertas pelos investigadores, elas seguiram a determinação do segurança, pois temiam sofrer represálias.

De posse da filmagem e dos depoimentos das travestis, os policiais detiveram Rafael na drogaria. Ao saber das provas contra si, o segurança confessou o crime. No bolso dele havia um soco inglês. Na farmácia foi apreendido um cassetete de madeira seu. Ele admitiu o uso do objeto no homicídio. A pedido do delegado Juvenal Marques, a Justiça decretou a prisão temporária do acusado.

Homem é assassinado com tiro na cabeça em Praia Grande

Atualizado em 15/09/2017 - 15:05
A Tribuna / Santos

Um homem não identificado foi assassinado a tiro, na madrugada desta sexta-feira (15), em Praia Grande. Policiais militares se depararam com o corpo da vítima ao lado de um grande terreno murado, na Rua Dr. Ciro Carneiro, no Bairro Guilhermina, às 5 horas. Por enquanto, não há pistas do crime.

O médico de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compareceu ao local e constatou que o desconhecido foi atingido por um disparo de arma de fogo, que entrou no ouvido direito e saiu pelo esquerdo.

A vítima também estava com a mandíbula fraturada. O homem é magro, de estatura mediana e com cabelos curtos. A equipe do delegado Thiago Espinha Garcia e peritos criminais também estiveram no local do homicídio e iniciaram as investigações. 

Clima de insegurança volta à Praia Grande após feriadão

12 SET 2017
Diário do Litoral

Os momentos de tensão vividos por um casal na Vila Tupi que ficou cerca de duas horas nas mãos de marginais, o arrastão na orla do Ocian que deixou vítimas e a invasão de uma casa de veraneio no Balneário Flórida, causando prejuízos financeiros a dois casais, tudo no último feriadão, acabaram aumentando a sensação de insegurança à população de Praia Grande.

A Reportagem esteve ontem à tarde na cidade para conversar com alguns munícipes, também via digital, percebeu muita insatisfação. Segundo alguns revelaram, o comércio e os moradores que dependem do turismo estão preocupados e se questionando se as vítimas vão voltar ao Município futuramente.

“Tem final de semana que é de boa. Mas, quando tem feriado prolongado, complica muito. Estão roubando quem estiver na frente. Fazem arrastão na praia. A pessoa vai tirar uma foto com celular e já vira vítima”, revela Antônio Edson Ferreira da Silva, morador do Jardim Esmeralda.

Lithiene Meira Faria, moradora do Boqueirão, explica que as abordagens estão crescendo muito. “Não podemos sair com celular ou com uma roupa melhor. Tem bandido vindo de outras cidades de São Paulo para sequestrar em Praia Grande. O Centro é da cidade é o ambiente mais propício”, afirma.

A advogada Francis Costa, moradora do Canto do Forte, também reclama da violência. “Furtos e roubos ocorrem diariamente. É lógico que se intensifica com a vinda de turistas. À noite é pior e em locais de grande movimento. É preciso mais policiamento”.

Gilberto Ribeiro está morando seis meses em Praia Grande. Ele é do Paraná e disse que a violência está em todo lugar, mas reafirma que o Centro e a praia são as regiões mais vulneráveis da Cidade. “É onde ocorrem mais casos e que deveria ter um policiamento mais reforçado, pelo menos nos finais de semana”.      

Daniel Cabral de Oliveira, do Jardim Quietude, e Júnior Teixeira, da Vila Tupy, alertam que seus bairros já entraram na ‘lista negra’ dos Correios em virtude do grande número de ocorrências.

Mourão

O prefeito de Praia Grande e presidente do Conselho Metropolitano de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), Alberto Mourão, resolveu semana passada discutir segurança nas nove cidades da região. Ele quer mapear e traçar um perfil da violência urbana para enfrentar as questões relacionadas à criminalidade.

Para ele, segurança pública não se resume em mais investimentos e policiamento ostensivo e revela que é preciso discutir segurança envolvendo outras vertentes, como a educacional, a cultural, a social e familiar. “Até a legislação precisa ser rediscutida e aprimorada, não somente na penalização, mas na sistematização dos direitos”, disse o presidente do Condesb.

Numa reunião do órgão, pensou-se, entre outras coisas, na possibilidade de uma operação policial, semelhante a Operação Verão, ocorrer todos os finais de semana na Baixada. A sugestão foi do deputado estadual Caio França (PSB) e teve apoio de Alberto Mourão.

O Diário do Litoral procurou a Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado. No entanto, até às 19 horas de ontem, nenhum posicionamento foi enviado à Redação.