09/01/2019 20h55
fonte: G1
O acidente que envolveu uma viatura da Guarda Civil Municipal em Praia Grande, no litoral de São Paulo, pode ter ocorrido pelo intenso calor nos veículos da corporação, segundo o Sindicato dos Servidores Municipais. A colisão aconteceu nesta quarta-feira (9), depois que o condutor passou mal, e deixou dois agentes feridos .
“Imagine o desespero dos guardas, que usam coletes à prova de balas, fardas escuras, cinturões, calçados quentes e equipamentos pesados, numa cabine fechada e sem ar-condicionado”, destaca presidente do sindicato, Adriano Silva.
O guarda e sua colega foram levados por ambulância ao pronto-socorro do bairro Samambaia e liberados após atendimento médico. Segundo Adriano, o calor na área interna das viaturas chegou a 48ºC e o veículo tem forte cheiro de diesel.
O sindicalista afirma que a restrição de ar-condicionado foi uma determinação do Secretário Municipal de Segurança para reduzir gastos com a frota de viaturas. “Somente tomarão atitude quando virem um guarda morto, num caixão, infartado?”, questiona.
Adriano afirma que nesta semana já visitou duas outras equipes que foram para o pronto-socorro após passarem mal de calor dentro das viaturas. Ele também relata que a população foi prejudicada pelo acidente, já que a colisão atingiu um poste elétrico e acarretou em falta de energia na região.
Em nota, a Prefeitura alegou que o comando da guarda determinou que as equipes realizassem as rondas sempre com os vidros abertos e o ar desligado por ser "uma condição específica e obrigatória para a realização de patrulhamentos, possibilitando uma melhor visualização do que acontece nas ruas".
Ainda de acordo com a Prefeitura, uma das premissas da corporação é que os guardas estejam sempre em contato com o ambiente externo e determinadas situações são inerentes à função que eles ocupam. Além disso, o posicionamento foi definido após reclamações de munícipes que não conseguiram ter acesso aos guardas que estavam dentro da viatura com as janelas fechadas.
Foto: G1 Santos