Paciente se solta em ala psiquiátrica, agride jovem e o deixa paralisado (em Praia Grande)

14/10/2020

Um jovem de 19 anos foi agredido por um colega de quarto na ala psiquiátrica do Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande (SP), e está internado em estado grave, sem conseguir se mover. Thiago Barduco deu entrada no hospital no dia 30 de setembro após uma crise depressiva e seria liberado no dia seguinte.

Por conta do novo coronavírus, nenhum integrante da família pôde acompanhar o rapaz. No dia seguinte, segundo o hospital informou à família, outro rapaz da mesma ala se soltou da maca e agrediu Thiago na cabeça, onde sofreu cortes, teve diversas lesões no cérebro e também fraturas na face.

A tia do rapaz pediu ajuda nas redes sociais e disse que a família está desesperada para que o jovem volte para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), pois no quarto, onde ele se encontra atualmente, o quadro clínico não está tendo melhora. O hospital afirmou em nota que o paciente saiu da UTI por apresentar melhora no quadro.

De acordo com a tia de Thiago, Michele Barduco, o jovem ficou em estado irreconhecível e o hospital transferiu ele para a emergência e não para UTI. "Brigamos para ele ser levado para a UTI porque ele estava convulsionando, aí conseguiram uma vaga na UTI. Ficou alguns dias, porém na segunda-feira (12) colocaram ele em um quarto fora da UTI e o quadro está se agravando", disse ela.

"Ele já não faz sinais com os olhos e nem com a cabeça. O lado direito do rosto paralisou. Um descaso, preciso de uma vaga para UTI urgente. Ele precisa de cuidados para se recuperar. Todos estamos desesperados. Por favor, me ajudem a salvar a vida dele, não permitam que mais uma vida se vá por descaso na saúde dessa cidade", desabafou a tia nas redes sociais.

Ela também afirma que o rapaz que agrediu o sobrinho recebeu alta e pediu Justiça.

"Eu quero que o hospital esclareça. Quero que o hospital mostre documentos que comprovem que este rapaz tem, realmente, problemas psicológicos. Se ele não tiver problemas psicológicos, ele tem que ser preso. Foi uma tentativa de homicídio. Ele tentou matar o meu sobrinho. Isso não pode ficar impune", disse Michele, emocionada no vídeo.

Hospital diz que o jovem teve melhora

O UOL entrou em contato com a assessoria de imprensa do hospital e solicitou informações sobre o ocorrido, sobre o quadro clínico de Thiago e também pediu para entrevistar o responsável pelo setor. O hospital respondeu às solicitações através de nota.

"A direção do Hospital Municipal Irmã Dulce esclarece que o paciente em questão segue recebendo toda a assistência necessária ao seu caso, tendo alta da UTI em 8/10, após apresentar melhora em seu quadro de saúde. Ele segue internado na unidade, acompanhado pela equipe de neurocirurgia. A conduta médica adotada previa sedação ao paciente, que já está sendo retirada gradativamente, para avaliação de seu estado geral e continuidade de seu tratamento", diz o comunicado.

O Hospital afirmou lamentar o ocorrido e se tratar de "um caso isolado, decorrente da ação individual de um paciente, apesar das medidas de segurança rotineiramente adotadas no local. Inclusive, um Boletim de Ocorrência foi registrado sobre o caso."

O UOL entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo em busca de informações sobre o boletim de ocorrência registrado pela família e sobre as investigações do caso.

No entanto, a SSP informou apenas que o caso foi registrado no 1º DP de Praia Grande, que apura os fatos, e que "o autor agrediu a vítima e funcionários da ala psiquiátrica do Hospital Irmã Dulce e foi contido no local".

Homem morre após trocar tiros com a PM em comunidade de Praia Grande, SP

14/10/2020

Um homem morreu durante uma ação policial em uma comunidade de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Outros três suspeitos armados conseguiram correr em direção a um mangue e não foram localizados.

De acordo com o divulgado pela Polícia Militar, duas equipes da Força Tática averiguavam a Viela 9, conhecida como 'Beco do Nove', no bairro Balneário Maxland. Investigações apontaram que, no local, homens armados são responsáveis pelo comércio de drogas na região.

Os policiais avistaram quatro rapazes armados dentro da viela, que correram em direção à área de mangue. As autoridades desceram das viaturas e correram atrás dos suspeitos, sendo surpreendidos por disparos por parte dos homens que corriam na frente.

Eles revidaram e acertaram um dos suspeitos, que caiu e foi desarmado, sendo apreendida uma pistola .40. Os outros três conseguiram fugir entrando na região de mangue. Seguindo a trilha deles, os policiais encontraram um revólver .38 e uma sacola contendo 398 pinos de cocaína.

Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada pelos policiais para socorrer o rapaz baleado, mas, chegando ao local, ele já havia morrido. A ocorrência foi registrada na Delegacia Sede de Praia Grande.

Som alto provoca briga entre moradores e turistas em Praia Grande

13/10/2020
fonte: #Santaportal


Uma briga entre moradores e turistas foi gravada por câmeras de monitoramento e mostrou moradores de uma casa e turistas que passavam pelo local após o proprietário do imóvel reclamar de música alta em uma caixa de som na cidade Praia Grande, no último sábado (11).

O morador disse à Polícia Civil que o grupo de turistas estava fazendo bagunça na rua, com caixa de som alta e por este motivo ele saiu de casa e pediu que abaixassem o volume. Os turistas, segundo ele, reagiram de forma agressiva e foi então que começou a discussão entre ambos.


A partir deste momento começaram as agressões físicas e ofensas contra ele e o enteado. Como a briga começou no portão da casa dele, a discussão continuou na garagem de sua residência, por isso a esposa do morador interveio usando uma arma falsa para encerrar a confusão e só assim conseguiu trancar o portão de casa.

A esposa do homem relatou que o marido agiu de forma educada para o grupo abaixar o volume, mas eles iniciaram toda a discussão com socos e chutes. Por este motivo ela usou a arma falsa para amedrontar os turistas. Ela acionou a PM que chegou rápido ao local e localizou o grupo a tempo. A arma usada é de gás e chumbo, mas é considerada um simulacro pois é utilizada apenas para prática esportiva.

A Secretaria de Segurança Pública informou que policiais militares foram acionados para ocorrência de perturbação do sossego seguida de lesão corporal às 14h50 de sábado (10), no bairro Flórida.

Chegando no local, os PMs foram informados sobre uma discussão e as partes foram conduzidas à Delegacia de Praia Grande, onde prestaram depoimento e foram liberadas após elaboração de um termo circunstanciado. O caso foi encaminhado para apreciação do Juizado Especial Criminal (Jecrim).

Adolescentes são espancados após serem acusados de roubar óculos no litoral de SP

12/10/2020

Dois adolescentes, de 15 e 16 anos, foram espancados por pelo menos cinco turistas nesta segunda-feira (12) sob acusação de terem roubado um óculos do grupo em Praia Grande, no litoral de São Paulo. A Guarda Civil Municipal foi acionada para separar a confusão e não encontrou nenhum objeto roubado com a dupla.

O caso aconteceu no início da madrugada desta segunda, por volta de 1h, na avenida Castelo Branco, no bairro Ocian. Segundo registrado no boletim de ocorrência, os guardas civis foram acionados para atender a ocorrência de duas pessoas sendo agredidas na rua por populares.

No local, eles encontraram os dois adolescentes sendo agredidos pela população. As autoridades separaram a confusão e um dos agressores, morador de São Paulo, afirmou que um dos menores de idade teria furtado seus óculos.

O homem e os dois adolescentes foram conduzidos à Delegacia de Polícia de Praia Grande, onde foi registrado boletim de ocorrência por ato infracional equivalente à furto. No entanto, segundo o registro da ocorrência, nenhum item ilícito foi apreendido com os dois.

Espancamento

De acordo com o adolescente Kayky Ferreira Lira Silva, 15 anos, ele estava sentado com um amigo na avenida da praia quando percebeu três veículos passando pelo trecho por mais de uma vez. Por volta de 00h, os carros voltaram, parando em volta da dupla.

Cerca de cinco pessoas saíram dos carros e passaram a gritar com os adolescentes, chamando-os de ladrões. Em seguida, conseguiram segurá-los e, de acordo com o relato de Kayky, passaram a espancar os dois.

Em entrevista ao G1, a mãe do adolescente, a socorrista Adriana Ferreira Lira, de 38 anos, afirmou que foi avisada por um parente que o filho estava sendo espancado. Ela correu até o local, que fica a cerca de uma quadra da residência da família, mas não conseguiu encontrar os meninos, que já estavam sendo atendidos na Unidade de Pronto Atendimento Quietude.

Segundo ela relata, o filho conseguiu chamar a atenção de uma viatura da Guarda Civil Municipal que passava pela avenida, gritando por socorro. "Deram dois mata-leão no meu filho, quase mataram ele tentando bancar o papel de herói", diz a mãe.

Além dos óculos, o grupo acusou o adolescente de ter roubado um celular que estava com ele, mas ele provou às autoridades que o aparelho era de sua mãe, desbloqueando a tela com senha. Sobre o furto, os dois garantem que nenhum crime foi cometido, enquanto a mãe acusa a guarda de defender as pessoas que espancaram os dois. "Quase mataram meu filho e a GCM não fez nada, defende as pessoas da praia e não os moradores", disse.

Em contato com o G1, a Prefeitura de Praia Grande informou que a uma viatura da Guarda Civil Municipal (GCM) foi abordada neste domingo, enquanto passava pela avenida Castelo Branco, na altura da rua Monteiro Lobato, no Bairro Ocian, com a denúncia de furto de um óculos nas proximidades do calçadão.

Imediatamente, segundo a nota, os guardas prestaram apoio às vítimas e conduziram os acusados para a Delegacia sede da Cidade, onde foi realizado boletim de ocorrência e os suspeitos ficaram à disposição da Justiça.

Prédio residencial corre risco de desabamento em Praia Grande

08/10/2020
fonte: Diário do Litoral - https://www.diariodolitoral.com.br

O edifício Las Vegas, localizado à Rua Mário de Andrade, 128, em Praia Grande, de mais de 18 andares (que equivalem a 22) e 58 apartamentos, está com graves problemas estruturais e pode desabar a qualquer momento com 17 famílias dentro. A denúncia é do casal de Jundiaí Antônio Ricardo e Vanessa Ignácio de Souza, que alugou o apartamento 152 e está saindo do prédio hoje. A construtora nega riscos.

A base da edificação está totalmente escorada por estruturas de ferro, com problemas nas ferragens e repleta de trincas em várias vigas de sustentação. Um perito judiciário já esteve fazendo duas visitas e recomendou a retirada das famílias do prédio. A Defesa Civil não interditou porque a situação estaria sendo acompanhada por um engenheiro contratado pela construtora responsável. O prédio só tem cinco anos.

"Temos um parecer da perícia alertando que as famílias estão proibidas de receber visitas, principalmente nos finais de semana, por conta do excesso de peso. Também que o edifício não pode sofrer corrente de vento muito forte, acima de 100 km/hora. Desde que alugamos não conseguimos dormir tranquilos e resolvemos sair. Rompemos o contrato e pedimos o aluguel de volta", afirma Ricardo Souza.

Vanessa garante que a situação é muito perigosa, mais dois inquilinos romperam contrato e também saíram. "Tem famílias que não saem porque são proprietárias e não teriam pra onde ir. Enquanto estive lá, tive que ir para o hospital em função do pânico. O prédio é grande, bonito e novo. Mas pode ocorrer uma tragédia", completa.

A situação é divulgada pela própria administração do edifício. Em comunicado afixado no hall do prédio, há um alerta que os problemas atingiram as sapatas e que as famílias sejam realojadas até que seja restabelecida a segurança da edificação sob risco de ruína.

Um áudio encaminhado ao casal por outra moradora que também saiu do prédio demonstra a situação psicológica das famílias. "À noite ventou muito. Estou orando para as pessoas que ainda estão no prédio. A cada uivo de vento é um desespero", afirma. A preocupação ainda é maior em função da proximidade de final de ano, quando a ocupação do prédio é muito maior.

A base da edificação está totalmente escorada por estruturas de ferro, com problemas nas ferragens e repleta de trincas (Foto: Reprodução)

Perito

A Reportagem teve acesso ao primeiro relatório do perito judicial, de 22 de setembro último. Nele, o profissional informa ao juiz que as providências estruturais estão sendo feitas, porém, é necessária a limitação de ocupação somente dos moradores. Ou seja, proibida a ocupação de veraneio.

Prefeitura

A Secretaria de Urbanismo (Seurb) de Praia Grande informa que acompanha esta ocorrência e que foram tomadas todas as ações administrativas pertinentes. A fiscalização do Contru (Subsecretaria de Controle Urbano da Seurb), mediante análise técnica e apresentação de Laudos periciais, concluiu que neste caso específico não há necessidade de evacuação. No momento está em andamento um processo na esfera judicial envolvendo as partes, construtor e condomínio.

A responsável pelo edifício Las Vegas é a Litoral Construtora. Numa breve pesquisa online, a Reportagem descobriu avaliações negativas relacionadas a imóveis entregues pela empresa. Há oito meses, um cliente escreveu no portal da empresa.

"Adquirimos uma unidade habitacional recentemente entregue pela construtora e não demorou muito para começar a aparecer rachaduras em todas as paredes. Já solicitamos várias vezes uma providência visto que o imóvel está na garantia e se quer deram algum retorno a nossos pedidos. Já percebi que o jeito vai ser abrir um processo na Justiça pra fazer valer meu direito. Aliás são ótimos em cobrar e péssimos no atendimento ao cliente".

Construtora

Em contato com a Litoral Construtora, a empresa assegurou que não existe risco de ruína. Por intermédio de seu advogado, afirma que, inicialmente, é necessário informar que os eventuais erros de cálculo estão sendo discutidos judicialmente.

Segundo explica a empresa, foi designada perícia técnica que está produzindo seu laudo pericial. A construtora juntou ao processo o parecer do engenheiro calculista da edificação e também de um profissional contratado especialmente para esse fim (revisão do cálculo estrutural) e ambos afirmam categoricamente que o edifício não corre risco de ruína.

A construtora garante que já contratou uma empresa para colocar as escoras da edificação e outra especializada para desenvolvimento de análise do projeto estrutural e projeto de reforço para as peças estruturais.

"Esse trabalho está em fase final e já foram enviados os projetos iniciais dos reforços considerados necessários. As análises técnicas, laudos de segurança, projetos de reforços estão à disposição para consulta se necessário", explica o advogado Leandro Neumayr Gomes.

Finalizando, o advogado Leandro Gomes garante que, após as verificações e laudos técnicos da empresa especializada acima mencionada, verificou-se que não existe esse risco do prédio ser condenado.

Comerciantes de Praia Grande, SP, pedem que próxima gestão pense na segurança do município

07/10/2020

Lojas arrombadas, produtos furtados e assaltos a mão armada são algumas das situações enfrentadas por comerciantes de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Entre 2015 e 2019, foram registradas nas delegacias da cidade 7.551 ocorrências de roubos e furtos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Comerciante na cidade há sete anos, Tiago Brito, de 36 anos, conta que suas lojas já foram assaltadas ao menos três vezes desde 2014. Em um dos episódios, sua loja de departamentos no bairro Caiçara foi invadida por quatro criminosos armados. Eles amarraram os funcionários no banheiro e fugiram, deixando um prejuízo de R$ 80 mil reais, segundo Brito.

No ano seguinte, outra loja do comerciante foi alvo de criminosos. Dessa vez, durante a noite, quando não havia ninguém no estabelecimento. “Em 2015 roubaram uma loja minha na Avenida Costa e Silva. Demorou três horas para a polícia aparecer. O policial falou que só tinha uma viatura no bairro inteiro”, diz.

Segundo Tiago, o prejuízo em suas lojas, somando os últimos assaltos, chega a R$ 250 mil. “É uma sensação de incapacidade”, desabafa.

Outro comerciante da cidade, que prefere não se identificar, afirma que seus estabelecimentos foram assaltados três vezes nos últimos cinco anos. Ele tem 54 anos e trabalha como comerciante em Praia Grande desde os 18.

"Praia Grande é uma cidade moderna, bonita. Porém a segurança é um capítulo à parte que o prefeito tem que ter uma maneira de resolver que realmente seja eficaz", diz o comerciante, que é dono de mercados e padarias na cidade. Segundo ele, cada um dos cinco comércios já foi assaltado ao menos uma vez.

O comerciante conta, ainda, que em uma de suas padarias, no bairro Mirim, três homens tentaram assaltar a loja ao final do expediente. O ano era 2017 e, na ocasião, o segurança do estabelecimento revidou e trocou tiros com os criminosos. Por fim, os três fugiram sem levar nada. "Depois do primeiro roubo eu já coloquei segurança. Esse foi o único assalto grave que eu tive. O segurança revidou e ainda foi baleado no braço”, conta.

Ele diz que investiu em câmeras de monitoramento, alarmes e cofres para tentar inibir os assaltos. “Eu acho que a segurança é muito deficitária na cidade, caótica. A cidade tem muito a crescer para dar segurança ao munícipe”.

Roubos e furtos em 2020

De janeiro a julho deste ano, foram registradas 1.757 ocorrências de roubos na cidade (incluindo roubos de carga e de veículos). No mesmo período do ano passado, foram 2.194 ocorrências de roubos, o que representa uma queda de 19,92%. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Já em relação aos furtos, as delegacias do município registraram 2.796 casos entre janeiro e julho deste ano e 3.407 no mesmo período do ano passado, o que equivale a uma queda de 17,93%.

Para o coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo e ex-secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva Filho, é preciso ficar atento ao fato de que normalmente as ocorrências de roubos e furtos tendem a ser subnotificadas, pois há casos em que as vítimas não registram boletins de ocorrência, como em roubos de celulares. “Celulares são muito roubados porque são objetos que têm valor agregado e são fáceis de descartar”, diz.

Nos casos de roubos e furtos de veículos, porém, isso já não costuma ocorrer. “O motivo é que é um bem muito valioso, raramente alguém deixa de registrar o furto ou roubo de um carro”, finaliza. Ocorrências como roubos, furtos, perda de documentos, desaparecimento de pessoas e violência doméstica podem ser registradas no site da Polícia Civil.

Eleições 2020

O G1 Santos está produzindo, diariamente, reportagens especiais sobre as eleições 2020. Além de entrevistas exclusivas, levantamento de dados e serviço, os internautas podem acompanhar matérias de assuntos de interesse público e que preocupam bastante a população dos nove municípios da Baixada Santista e do Vale do Ribeira. Para acompanhar toda a cobertura basta acessar a página especial.

Moradores denunciam condomínio em SP após paredes 'explodirem' com infiltrações (em Praia Grande)

04/09/2020
fonte: G1 / Santos

O nome da empresa é: Construtora Ramos e Santos

Moradores de mais de 50 apartamentos de um condomínio em Praia Grande, no litoral de São Paulo, denunciam graves danos estruturais no imóvel, após paredes de azulejo 'explodirem' devido a infiltrações, materiais mal aplicados e fora das normas técnicas obrigatórias.

Moradores relatam apreensão após azulejos estilhaçarem com infiltrações — Foto: Arquivo Pessoal

Os imóveis foram entregues em 2016 e, desde então, os condôminos sofrem com alagamentos, rachaduras nas paredes e infiltrações. No entanto, há cerca de duas semanas, a estrutura precária fez com que as paredes de azulejos, de cômodos como banheiro e cozinha, estufassem e 'explodissem', danificando móveis e outros pertences.

Revestimento de paredes de condomínio em Praia Grande estilhaçou com infiltrações — Foto: Arquivo Pessoal

A moradora Roberta Ribas Ramos conta que ela e a família quase foram atingidas pelos azulejos durante um jantar, no dia 21 de agosto. Pouco tempo após saírem da cozinha, ela e o marido ouviram um barulho no cômodo. Ao checar o que aconteceu, o casal percebeu que o revestimento da parede havia estilhaçado.

Segundo Roberta, no total, mais de 50 apartamentos tiveram problemas que, até o momento, não foram esclarecidos pela construtora do condomínio. "Meu marido teve que sair correndo da cozinha para não ser atingido. Em seguida, explodiu tudo. Até agora, ninguém explica o que está acontecendo".

Um engenheiro contratado pelos condôminos realizou uma vistoria no edifício. Dentre os apontamentos feitos, ele recomendou a execução urgente de serviços de reparo às estruturas e equipamentos de segurança, como portas corta-fogo e o revestimento de cabos de energia elétrica, como explica a moradora.

Roberta afirma, ainda, que a empresa responsável pela obra, que também administra o condomínio, não se pronunciou a respeito das reivindicações dos moradores. "Eles apenas protelam, mandaram um engenheiro para fiscalizar, mas ninguém nos deu qualquer resposta sobre o problema".

O G1 tentou contato via telefone com a Construtora Ramos e Santos, responsável pelo empreendimento, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.