Atualizado em 25/10/2017 - 22:30
A Tribuna / Santos
A ousada ação de uma dupla de bandidos que invadiu um apartamento no bairro da Aparecida, em Santos, e levou um cofre com cerca de R$ 400 mil em joias e dinheiro, em 29 de setembro, foi um dos 1.902 casos de furtos registrados no mês passado na Baixada Santista.
Esse tipo de delito na região aumentou pelo segundo mês consecutivo. Depois de junho e julho contabilizarem o mesmo número de ocorrências (1.807), houve uma elevação em agosto (1.847).
Ao analisar as situações desse gênero nas cidades locais, Praia Grande verificou esse aumento gradual pelo terceiro mês consecutivo. Os dados da criminalidade foram divulgados no final da tarde desta quarta-feira (25) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
Assim como em agosto, o furto de veículos na Baixada Santista também teve uma nova alta (269, em julho; 304, em agosto; e 333, em setembro). No mês passado, Bertioga e Itanhaém verificaram os maiores índices do ano nesse quesito (13 e 37, respectivamente).
Setembro foi o mês deste ano com o maior número de Boletins de Ocorrência (BOs) relacionados a estupros na Baixada Santista: 32, sendo dez envolvendo vulneráveis, ou seja, vítimas com menos de 14 anos, pessoas com deficiência mental ou que estavam embriagadas ou dopadas a ponto de não responder pelo próprio corpo.
Um aspecto positivo identificado em setembro é que as três cidades mais populosas da região (Santos, São Vicente e Guarujá) tiveram o menor número de casos de roubo desde o início do ano.
Já Itanhaém e Bertioga foram os únicos municípios locais onde não foram contabilizados homicídios dolosos (quando há a intenção de matar) no mês passado.
Comparação com ano anterior
Ao verificar os dados da criminalidade na Baixada Santista de janeiro a setembro de 2016 e deste ano, verifica-se que a maioria dos indicadores da criminalidade teve queda.
A maior diminuição, em termos percentuais, foi verificada nos estupros (15,35% – de 241 caiu para 204). Na sequência, aparece o furto de veículos (8,79% – baixou de 2.921 para 2.664).
As ocorrências de roubo teve uma variação negativa, passando de 14.413 para 14.007. O mesmo aconteceu com os casos de furto (de 18.407 caiu para 18.252).
Por outro lado, o número de homicídios teve uma elevação de 6,86% neste ano em comparação a 2016 (de 102 pulou para 109). Houve ainda o aumento nos registros de roubo de veículos: de 2.190 subiu para 2.312, que representa um crescimento de 5,57%.