31/10/2019
fonte: G1 / Santos
Um morador de Praia Grande, no litoral de São Paulo, registrou um boletim de ocorrência para relatar que caiu em um golpe aplicado por um homem que se passou por funcionário da prefeitura. O rapaz afirmou que o golpista, Claudiney Simões Vian, fez outras vítimas na região. A informação foi confirmada pela Polícia Civil ao G1 nesta quinta-feira (31). O investigado está preso.
"Eu conheci o Claudinei em um posto de gasolina que ele frequentava e eu também, onde acabamos ficando amigos. Durante uma conversa, ele afirmou que em Praia Grande havia muitas casas com dívida na prefeitura e que ele conseguia vendê-las e regularizá-las, se apresentando como advogado da Prefeitura Municipal", conta Flávio Luiz Pádula, de 35 anos.
Depois, segundo a vítima, eles combinaram de se encontrar na casa do golpista, para conversar melhor sobre o assunto e conhecer os imóveis que poderia comprar. "Lá, descemos até uma casa que realmente parecia abandonada ao lado do prédio dele, e ele me afirmou que aquela era uma das casas que devia muito IPTU, perguntando se eu me interessava", conta.
Golpe
O morador conta que se interessou e falou que queria adquirir o imóvel, assim como outras três residências que o estelionatário o mostrou. "Em questão de valores, o suspeito teria informado que geralmente cobrava R$ 30 mil em cada casa para fazer essa negociação, mas como eu era conhecido iria cobrar só o valor da documentação, de R$ 6 mil, dando R$ 2 mil de entrada e os R$ 4 mil assim que eu pegasse a casa, que seria em torno de 30 a 40 dias", relata.
O rapaz informou ainda, segundo relata a vítima, que toda a documentação seria feita conforme previsto a lei, garantindo até mesmo a escritura. A vítima fechou negócios com o suspeito, acreditando estar comprando pelo menos duas casas e antecipando o valor de R$ 7.500 ao homem. Depois disso, o estelionatário começou a evitá-lo e, segundo ele, sempre arrumava uma desculpa para não mostrar os imóveis.
Outras vítimas
Foi assim que Flávio relata que começou a desconfiar e acabou conhecendo um idoso, que também havia sofrido o mesmo golpe. A segunda vítima teria relatado a ele que depositou R$ 16 mil ao golpista e que mais pessoas também teriam sido vítimas de estelionato por parte do suspeito.
"Depois disso, ele nunca mais me recebeu em sua casa e não foi mais ao posto de gasolina. Levantei toda a ficha dele e vi que não era funcionário público e que já tinha vários processos em seu nome. Descobri muitas outras vítimas desse golpe", relata.
"O cara tem uma lábia muito boa, conversa bem, sabe explicar tudo e se aproveitou de termos pego amizade. Nunca iria desconfiar de uma pessoa que saia comigo na balada, que fui almoçar e jantar na casa dele. Teve vítimas que eu soube que ele pegou mais de R$ 10 mil", conta.