10/03/2016 - 20:05 - Atualizado em 10/03/2016 - 20:11
A Tribuna/Santos
Um adolescente de 14 anos é acusado de matar com mais de dez facadas o seu padrasto, o aposentado Adelmo da Silva, de 51 anos, por volta das 10 horas desta quinta-feira (10) na casa onde residiam, em Praia Grande.
O garoto fugiu do imóvel, localizado no Bairro Maracanã Mirim, logo após o assassinato. Até o início da noite, ele não havia sido achado. A sua própria mãe e um irmão o apontam como o autor das facadas que mataram Adelmo.
O irmão do acusado tem 20 anos e foi esfaqueado no braço pelo padrasto, momentos antes do assassinato, segundo o rapaz relatou a policiais militares e ao delegado Fernando Henrique Faria, titular do 2º DP (Vila Caiçara).
Segundo o jovem, ele e o irmão adolescente intervieram logo após o padrasto discutir com a mãe deles e empurrá-la. O desentendimento teria ocorrido porque a mulher repreendeu o companheiro pelo fato dele ter usado entorpecente.
“O enteado mais velho e a sua mãe contaram que o aposentado consumia álcool e drogas com frequência, sendo violento com a família. Hoje, houve nova discussão do casal e, a pedido dos filhos, a mulher saiu da casa”, informa o delegado.
Irritado com os enteados, o aposentado teria se armado com uma faca e atingido o jovem de 20 anos no braço. Porém, Adelmo deixou cair no chão a arma e o adolescente a pegou, atacando o padrasto em seguida.
O desentendimento teria ocorrido na sala, mas o corpo do aposentado foi encontrado no quarto, sobre a cama. O rapaz ferido afirmou que o irmão fugiu da residência logo após o crime. Peritos apreenderam a faca na casa. Havia bastante sangue pela moradia.
Adelmo já estava morto quando chegaram ao local equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O jovem esfaqueado foi medicado no Hospital Irmã Dulce e liberado.
Faria pesquisou os antecedentes do aposentado e apurou haver contra ele passagem por violência doméstica, em 2014. O episódio resultou na instituição de medida protetiva, prevista na Lei Maria da Penha, em favor da mãe do adolescente acusado de matar Adelmo.