Bandidos roubam oficina e casa de marceneiro em Praia Grande

Atualizado em 31/07/2017 - 21:15 
A Tribuna / Santos

Criminosos invadiram e roubaram a casa e oficina de um morador do bairro Vila Antártica, em Praia Grande.  O assalto ocorreu às 11 horas, da última quarta-feira (26). O crime causou um prejuízo de R$ 10 mil.   

Carlos Borges, de 50 anos, era motorista de ônibus, mas foi demitido em outubro de 2016. A partir daí, investiu no que era seu bico: reciclar madeiras recolhidas das ruas e transformar em peças exclusivas.

O roubo
 
Os criminosos levaram duas televisões, uma de 32 polegadas e outra de 42, três lixadeiras, sendo duas orbitais e uma de cinta, uma furadeira de bancada e outra manual, um celular e duas alianças de ouro. "Eles destruíram tudo. Estouraram o portão de alumínio e a porta de vidro. Só não entraram nos quartos". 

Medo

Assim que chegou em casa, depois de passar o dia trabalhando em uma instalação de prateleiras em Guarujá, Borges encontrou tudo quebrado. "Entrei em desespero. Pensei que minha filha de 14 anos estivesse em casa. Por sorte, minha mulher tinha saído para trabalhar e a deixou no ballet". 

Borges reforçou a segurança em casa, mas ainda sente medo. Segundo ele, oito casa foram invadidas no último ano só na Vila Antártica, em Praia Grande. "A gente fica com medo. Os caras estouram bancos, não vão roubar casa?".  

Para o marceneiro, que agora vive apenas com a renda do artesanato, o sentimento é de frustração. "Sou honesto e trabalho bastante.  E, a sua casa, que você pensa que é o lugar mais seguro do mundo, não é. É frustante".

Renda

Por conta da crise, Borges foi demitido, mas encontrou no trabalho com as madeiras sua principal fonte de renda. A oficina, que antes ficava na laje de casa, foi trazida para parte de baixo do sobrado. "Não tinha muita mobilidade para mexer com partes grandes lá em cima. Mudei nossa casa pra lá e, trouxe a oficina para a parte de baixo". 

O morador de Praia Grande conta que a renda com o artesanato não é o suficiente para cobrir as despesas do lar. "Quem trabalha com artesanato nesse país não tem valor. Acham bonito, mas na hora de dar o preço, a maioria não paga muito.  Graças a Deus não aconteceu nada de violência. Tenho fé em Deus que tudo dará certo".