Comerciante é assaltado, sequestrado e solto após pagamento de resgate

09/02/2016 - 18:04 - Atualizado em 09/02/2016 - 18:12
A Tribuna/Santos

Cinco homens assaltaram na madrugada desta terça-feira (9) um comerciante de Praia Grande e, depois, com o propósito de obter mais dinheiro, ainda o sequestraram, libertando-o mediante o pagamento de resgate.

Com 49 anos de idade, o comerciante contou que foi levar de carro uma funcionária até a casa dela, no Jardim Anhanguera. Depois, enquanto retornava para o seu apartamento, no Ocian, ele teve o seu veículo interceptado por um automóvel preto na Rua Carlos Gomes, neste bairro.

Eram cerca de 2h30 e os marginais tomaram do comerciante celular, dois cartões bancários, carteira com documentos e R$ 320,00. Não satisfeitos, os ladrões colocaram a vítima no porta-malas do carro deles e a sequestraram.

Segundo o comerciante, ele teve a cabeça coberta por um pano pelos criminosos, que usavam capuz, sendo levado para um matagal. Antes, porém, foi obrigado a ligar para a sua mulher, que estava em casa, para informá-la que havia sido sequestrado e ela deveria pagar resgate para soltá-lo.

Durante aproximadamente meia hora, o comerciante permaneceu sob o domínio dos assaltantes. A liberação aconteceu depois que a sua mulher entregou R$ 10 mil para um criminoso, que se dirigiu até a frente do edifício onde mora o casal. O dinheiro estava guardado no imóvel.

O comerciante não sofreu violência física. Ele alegou ao delegado Siulen Vieira Leung, na Delegacia de Praia Grande, não ter condições de reconhecer a quadrilha que o roubou e o sequestrou.

Turista de São Paulo é assassinado com 3 tiros em Praia Grande

09/02/2016 - 20:42 - Atualizado em 09/02/2016 - 22:35
A Tribuna/Santos

Dois homens em uma moto executaram com tiros de pistola calibre 45 o turista Osvaldo de Moura, de 50 anos, às 21 horas de segunda-feira (8), na Vila Caiçara, em Praia Grande. Dono de um bar no Jardim São Luiz, na Zona Sul da Capital, Osvaldo estava sentado em uma cadeira colocada na calçada, em frente à sua casa de veraneio, quando foi morto.

Entre parentes e amigos, havia cerca de 20 pessoas na residência, mas no momento dos disparos o comerciante conversava apenas com uma amiga, que não ficou ferida.

O imóvel de temporada fica na Rua Vitório Morbin, a um quarteirão da praia, e a vítima estava sentada de costas para a via pública, quando os desconhecidos chegaram em uma moto preta.

A dupla vestia roupas escuras e usava capacete. Ela desceu do veículo e, sem nada dizer, atirou contra o comerciante, atingindo-o na cabeça, no ombro e na axila direita. Os assassinos fugiram logo em seguida e a moto não teve a placa anotada.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas a vítima morreu antes de sua chegada. Peritos coletaram no local do homicídio cinco cartuchos deflagrados de pistola calibre 45 e dois projéteis.

Sobrinho do comerciante, um analista contábil, de 22 anos, era uma das pessoas que estavam na casa. Ele afirmou nesta terça-feira (9) à Reportagem desconhecer qualquer fato envolvendo o tio que pudesse justificar o crime.

O Setor de Homicídio da Delegacia Especializada Antissequestro (Deas) de Santos compareceu ao local do crime e apurou que Osvaldo possui passagem por roubo. Devido a esse antecedente criminal, à ausência de discussão, ao modo sumário como o comerciante foi eliminado e ao calibre da arma utilizada, que é de uso restrito, suspeita-se de vingança ou acerto de contas.

Rodovia Padre Manuel da Nóbrega terá mais dois pedágios

04/02/2016 - 07:34 - Atualizado em 04/02/2016 - 07:34
A TRIBUNA

Valores dos novos pedágios ainda não foram divulgados

Ainda neste ano, o Governo do Estado vai privatizar um trecho de 117 quilômetros da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, que ganhará mais dois pedágios entre a Vila Caiçara, em Praia Grande, e Miracatu, no Vale do Ribeira.

A medida elevará o custo de tráfego dos usuários que já pagam hoje R$ 6,40 no pedágio cobrado pela Ecovias na praça da Área Continental de São Vicente (km 280), no trecho que vai da antiga curva do S, em Praia Grande, em direção às rodovias Anchieta e Imigrantes, em Cubatão.

As duas novas praças de pedágio serão instaladas nos kms 294 em Praia Grande e 364, em Itariri. Os primeiros protestos contra a medida já ecoaram em Peruíbe, na audiência pública promovida terça-feira (2) pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

O evento teve participação de cerca de 70 pessoas, a maioria representantes de prefeituras do Litoral Sul e Vale do Ribeira. Eles temem que a cobrança de novos pedágios após a concessão à iniciativa privada traga prejuízos à economia de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Itariri, Pedro de Toledo e Miracatu.

A criação de novas praças de pedágio nos traz seríssimas preocupações, em especial no tocante à localização da primeira, no km 294, na medida em que, certamente, ocasionará prejuízos para o desenvolvimento econômico de Praia Grande e aumentará ainda mais os desvios para dentro da Cidade, como acontece atualmente”, prevê o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB).

Durante a audiência, ele protocolou um apelo a Giovanni Pengue Filho, diretor-geral da Artesp, para que reveja a proposta e exclua do projeto a praça de pedágio no km 294, na altura da Vila Caiçara.

O principal argumento de Mourão é que, além dos prejuízos à Cidade, a Prefeitura já vem arcando com a realização de obras viárias de grande porte para vencer a separação da área urbana que essa rodovia provoca no Município.

Como compensação a esses investimentos já realizados, o prefeito reivindica a suspensão da instalação de uma das praças de pedágio em Praia Grande.

“Outra questão afetada pelas praças de pedágio refere-se ao desenvolvimento econômico da região, já que a tendência é que novos empreendimentos deverão evitar este trecho pedagiado e buscarão investir em outras localidades”, argumenta.

Outro lado

Segundo o Governo do Estado, o sistema de cobrança de pedágio servirá para atrair investidores que participarão do leilão que escolherá a concessionária, ainda neste ano. O projeto de concessão da rodovia prevê uma concorrência pública internacional.

Por exigência do edital, o valor médio da tarifa ainda será definido no contrato e deverá levar em conta o valor quilométrico, e ser cerca de 27% inferior às praticadas nas concessões das rodovias Anchieta/Imigrantes e Anhanguera/Bandeirantes.

Dupla invade mutliclínica e rouba computadores em Praia Grande, SP

03/02/2016 13h28 - Atualizado em 03/02/2016 13h28
Do G1 Santos

Dois homens invadiram a Multiclínica Boqueirão, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (3). Eles roubaram três computadores e dois monitores.

De acordo com a Prefeitura de Praia Grande, a invasão aconteceu durante a madrugada quando não tinha ninguém na unidade. Pela manhã, a ocorrência foi comunicada ao Centro Integrado de Controle e Operações Especiais (Cicoe) e uma viatura da Guarda Civil Municipal (GCM) foi encaminhada ao local para tomar as providências.

"INCOMPETÊNCIA"

A prefeitura não informou como a dupla conseguiu entrar na unidade e efetuar o roubo. Por enquanto, ninguém foi preso.

A Secretaria de Saúde esclareceu que o atendimento na unidade acontece normalmente e que, nos próximos dias, os equipamentos roubados serão repostos.

Números da Violência em Praia Grande em 2015




VIOLÊNCIA REGISTRADA EM PRAIA GRANDE ¹ Total
HOMICÍDIO DOLOSO (2) 38
Nº DE VÍTIMAS EM HOMICÍDIO DOLOSO (3) 39
HOMICÍDIO DOLOSO POR ACIDENTE DE TRÂNSITO 2
Nº DE VÍTIMAS EM HOMICÍDIO DOLOSO POR ACIDENTE DE TRÂNSITO 2
HOMICÍDIO CULPOSO POR ACIDENTE DE TRÂNSITO 37
HOMICÍDIO CULPOSO OUTROS 0
TENTATIVA DE HOMICÍDIO 58
LESÃO CORPORAL DOLOSA 1000
LESÃO CORPORAL CULPOSA POR ACIDENTE DE TRÂNSITO 821
LESÃO CORPORAL CULPOSA - OUTRAS 33
LATROCÍNIO 8
Nº DE VÍTIMAS EM LATROCÍNIO 8
ESTUPRO 51
ROUBO - OUTROS 3823
ROUBO DE VEÍCULO 1224
ROUBO A BANCO 0
ROUBO DE CARGA 55
FURTO - OUTROS 4880
FURTO DE VEÍCULO 1059


¹ Os crimes sem BO não são registrados.
fonte: Secretaria de Segurança Pública

Crescimento da violência choca moradores e turistas em Praia Grande

15/01/20160 - 6h00
UOL
Situado a 72 km de São Paulo, o município de Praia Grande é um dos destinos mais procurados do litoral paulista, principalmente no verão, quando sua população salta de 270 mil para 1 milhão. Mas, para parte dos moradores e veranistas, a imagem de um lugar tranquilo para viver ou passar férias já não existe.

Em plena madrugada do último Natal, dois turistas morreram assassinados em dois diferentes ataques no mesmo cruzamento, no bairro Cidade Ocian. Estes casos de dezembro ainda não aparecem nas estatísticas publicadas na página da Secretaria da Segurança Pública na internet. Entretanto, mesmo sem a inclusão dos dados do último mês do ano, os números mostram que 2015 foi mais violento que 2014 no município.

Só no período de janeiro a novembro, foram registrados 34 casos de homicídio e 35 vítimas. Um registro de homicídio pode envolver mais de uma vítima. Ao longo do ano anterior, a Secretaria da Segurança Pública havia contabilizado 28 casos e 31 pessoas assassinadas. A quantidade de registros cresceu pelo menos 21,4% em 2015.

O aumento da criminalidade provoca desespero. Dono de uma casa de veraneio furtada várias vezes, Daniel Pereira da Silva decidiu colocar uma faixa na frente do imóvel para avisar os criminosos de que não há mais nada a ser levado.

Morador de Praia Grande há 20 anos, o aposentado Paulo Sérgio Joaquim, 62, diz que seu bairro, o Caiçara, tornou-se violento e pensa em se mudar da cidade. "Sempre gostei [do bairro e da cidade], mas hoje estou pensando em ir embora. É perigoso mesmo. Vim pela qualidade de vida, mas hoje não encontro isso. Eduquei meus filhos na praia. Hoje meus netos não podem ir na rua para jogar bola."

Migração do crime


Joaquim já teve seu carro, sua casa e seu celular roubados. "Aumentei os muros da minha casa, ela é totalmente fechada. Aqui não tem liberdade. Os bandidos é que passeiam à vontade."

No verão, diz o aposentado, criminosos de outras cidades desembarcam em Praia Grande. "Fica mais perigoso nesta época do ano. Os bandidos daqui eu conheço. Então, posso tentar evitá-los. E os que eu não conheço?".

A PM (Polícia Militar) de São Paulo reconhece o fenômeno da migração de criminosos neste período do ano e diz reforçar o efetivo na orla. Em dezembro, o governo estadual anunciou o envio de 2.883 policiais militares para 16 municípios litorâneos até 15 de fevereiro.

Na Praia Grande, a PM afirma que o policiamento é feito com um centro integrado de monitoramento, um comando móvel, base comunitária, torres de observação, viaturas, quadriciclos, motocicletas, bicicletas e a pé.
 
Mortes no Natal

Os dois assassinatos da madrugada de Natal aconteceram no cruzamento da avenida Roberto Almeida Vinhas com a avenida Dom Pedro 2º. A Polícia Civil prendeu cinco pessoas – quadro adolescentes e um adulto, de 18 anos – e considera os casos esclarecidos.

Segundo o delegado titular de Praia Grande, Flávio Máximo, todos os detidos são moradores locais e passaram por períodos de internação na Fundação Casa. Três deles participaram das duas ações.

Eles haviam saído de um baile funk nas proximidades e queriam roubar um carro. A mãe do rapaz de 18 anos foi incluída na lista de indiciados por ter descartado a arma, um revólver calibre 38. Ela responderá pelo crime de fraude processual.

Um dos adolescentes matou, logo depois da meia-noite, a professora Maria da Consolação Duarte, 65. Ela estava em um carro com o marido. O casal havia acabado de chegar de São Paulo para visitar parentes.

Antes das 3h, a cena se repetiu. Um casal de Itanhaém, no litoral paulista, parou o carro no cruzamento, criminosos se aproximaram, fizeram ameaças na tentativa de roubar o veículo e atiraram. O consultor Pedro Henrique Cardoso Tecedor, 42, morreu.
 
Defasagem

A PM disse que os "indicadores criminais não mostram aquele trecho como crítico". Na mesma linha, o delegado Flávio Máximo classificou os crimes como casos isolados.

Apesar de reconhecer o reforço de contingente da Polícia Militar no verão e dizer que a quantidade de crimes graves diminui nesta época, o delegado afirmou que a segurança pública não acompanhou o crescimento da população e "está defasada" em Praia Grande.

Parentes das vítimas enfrentam o choque provocado pela violência e a dificuldade de superar as perdas repentinas. O professor José Eduardo Botelho de Sena, sobrinho de Maria da Consolação, disse que, depois do funeral da tia, a família ficou reclusa. "A família entrou em luto. Não houve absolutamente nada [de festa no Natal e no Ano Novo]".

Maria deixou dois filhos e duas netas. "O nosso receio é que tudo vire estatística. Para nós, a morte é 100%. Foi uma morte banal e com requintes de crueldade porque não houve reação", afirmou Sena. "O que leva jovens a fazer isso? Por que não estavam curtindo o Natal? Quais são os valores passados para eles?"

RÁDIO BANDEIRANTES

Casas de veraneio são invadidas e até mesmo alugadas sem donos saber

09/01/2016 07h34 - Atualizado em 09/01/2016 07h34
G1 Santos


Donos de casas de veraneio de Praia Grande, no litoral de São Paulo, estão encontrando surpresas ao visitar suas residências na praia: algumas delas foram invadidas.

Uma das vítimas desse crime foi a empresária Rosângela Pinheiro da Silva. Ela percebeu que sua casa foi ocupada por conta das altas contas de água e luz. Em novembro, não houve consumo e, no mês seguinte, a conta estava com débito de mais de R$ 250.

"O valor era muito além do que eu costumo pagar. Foi então que decidi ver o que estava acontecendo. Ao chegar na casa, notei que tinha gente morando lá", conta a empresária.
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Após a constatação, a vítima entrou em contato com a empresa responsável e pediu para que a energia elétrica fosse cortada. Em seguida, houve uma nova surpresa: a residência havia sido alugada por terceiros, que chegaram a firmar um contrato em cartório.

"Quando fui fazer um boletim de ocorrência, haviam outras pessoas na delegacia com o mesmo problema. Um policial militar chegou a constatar qual era meu problema antes mesmo de eu chegar a comentar, mostrando que era algo recorrente. Isso é um absurdo", desabafa

O delegado Flávio Máximo explica que nesse tipo de crime, a ação da polícia não é imediata e alerta os donos de residências de veraneio. "A policia não pode tomar providência de imediato. É necessário que a vítima procure a Justiça e peça a reintegração de posse. Só assim para tirar os invasores do local. Aconselhamos também que as pessoas redobrem a segurança nessas casas para que se evite isso", explica.