Sete mulheres são mortas por dia no Brasil vítimas de violência doméstica

Atualizado em 15/07/2017 - 12:37
A Tribuna / Santos

Em apenas uma semana, três casos de crimes passionais tendo como vítimas mulheres foram registrados na Baixada Santista. Dois deles, um em Praia Grande e outro em Bertioga, resultaram na morte das vítimas. Já em Santos, uma doméstica sobreviveu ao ataque do ex-marido, que a esfaqueou na garganta.

As histórias em um período tão curto de tempo reacendem a necessidade de mais debates sobre o tema, uma vez que os índices de violência contra a mulher, mesmo com a criação das leis do Feminicídio, em 2015, e Maria da Penha, há dez anos, para punir os autores da violência no ambiente familiar, ainda são alarmantes no País.

Para se ter uma ideia, pelo menos sete mulheres morrem todos os dias vítimas de violência no Brasil, estatística que coloca o País em quinto lugar no ranking entre os que mais cometem feminicídio no mundo. Um número altíssimo, mas ainda assim ignorado.

Mesmo com alguns avanços na legislação e com o maior esclarecimento da sociedade a respeito do assunto, ainda há desafios, como o atendimento especializado às vítimas, ainda muito deficitário, e a necessidade de aumentar a conscientização sobre o que é violência doméstica.

Integrante do Núcleo de Estudos de Gênero da Unicamp e do Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença da USP, a antropóloga Isabela Venturoza colabora desde 2013 com a ONG Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, onde, recentemente, também conduziu um estudo analisando as narrativas de homens denunciados por crimes previstos na Lei Maria da Penha.

No levantamento, a antropóloga destaca duas conclusões: há uma diversidade de perfis de homens denunciados por violência contra a mulher e os conflitos relatados, muitas vezes, se originam de situações em que as mulheres não estavam em conformidade com o que era esperado “de uma boa mulher”, o que geralmente se relaciona ao cuidado do lar e a questões ligadas à “moralidade sexual”.

Para o estudo, Isabela acompanhou por dois anos grupos reflexivos de gênero, com homens denunciados por violência doméstica e familiar contra a mulher, encaminhados à ONG pela Vara Central de Violência Doméstica e Familiar da Capital. Nos encontros, que duram 16 semanas, os denunciados discutem suas histórias e questões relacionadas à masculinidade.

“Certamente, 16 semanas é um período muito curto para desconstruir décadas e décadas de socialização machista. Por isso, a urgência de realizar um trabalho com homens, como política pública, de maneira mais ampla”, comenta Isabela.

Segundo a antropóloga, é preciso que pensemos além dos homens denunciados. “Aqueles que são denunciados são apenas uma parcela (que já é assustadora) de uma masculinidade calcada em modelos violentos. Não estamos lidando com um problema individual, baseado no caráter do indivíduo ou em patologias. Estamos tratando de uma questão social, histórica, um problema que passa a existir lá no comecinho, quando você ensina às meninas o cuidado e a fragilidade, e aos meninos, a dureza e a virilidade”.

Moradora de PG é assaltada e agredida com coronhada na cabeça

Atualizado em 15/07/2017 - 21:43
A Tribuna / Santos


 
A volta para casa após um dia de trabalho terminou em momentos de pânico e seis pontos na cabeça para uma moradora de Praia Grande. Mãe de dois filhos, a mulher, de 33 anos, foi assaltada depois de descer do ônibus, na Vila Tupi, e acabou sendo agredida pelo ladrão com uma coronhada.

O caso ocorreu por volta das 20h30 de sexta-feira (14), quando ela desceu do coletivo na Marginal Almeida Vinhas. ''Há uns dois dias, me alertaram que um garoto e um outro rapaz estavam me encarando muito. Desta vez, eu desci, segui acompanhada de algumas pessoas e atravessei com elas por baixo do viaduto. Eu ainda disse: 'graças a Deus' quando cruzei'', conta.

O pior, entretanto, ainda estava por vir. A vítima conta que, logo adiante, as pessoas que a acompanhavam seguiram seus caminhos para casa. Ela continuou sozinha. ''Foi quando ouvi um barulho, parecia que alguém tinha caído. Mas era um cara que jogou a bicicleta no meio da rua e já veio em minha direção''.

O ladrão a abordou e disse: ''Perdeu, perdeu, senão morre''. A mulher contou que imediatamente entregou a bolsa ao marginal, mas ele pedia o celular dela. ''Ele me mandou abrir a blusa e puxou meu telefone. Logo depois, deu uma coronhada na minha cabeça e saiu correndo''. O assaltante levou o aparelho e a bolsa com seus pertences.

Atordoada e com a cabeça sangrando, ela correu para casa. Imediatamente foi levada ao Hospital Irmã Dulce, onde foi atendida. Ainda assustada, contou que pensou nos filhos e por alguns segundos pensou que iria morrer. ''Infelizmente, não temos mais segurança nenhuma. Antigamente, isso não acontecia tanto. A cidade está crescendo e a violência também''.

A vítima registrou boletim de ocorrência na Delegacia Sede de Praia Grande. O ladrão está foragido.

Turistas têm casa invadida por assaltantes em Praia Grande

Atualizado em 04/07/2017 - 08:00
A Tribuna / Santos

Um grupo de 11 turistas de São Paulo teve invadida por assaltantes a casa de temporada na qual se hospedava, em Praia Grande, às 17h30 de domingo (2).

A residência fica na Rua João Piedade Gomes, no Caiçara. Segundo as vítimas, três ladrões armados entraram no imóvel e outros três ficaram na rua dando cobertura.

Sob a mira das armas dos criminosos, os turistas foram obrigados a se dirigir para um dos quartos da moradia. Em seguida, os marginais se apoderaram de dinheiro, celulares, cartões bancários, roupas, documentos e outros objetos.

Pertencente a um dos turistas, o Celta preto, ano 2002, de placa DGA-4625, estava na garagem da casa e também foi roubado. O assalto foi registrado pelo delegado Luciano Samara Tuma Giaretta, na Delegacia de Praia Grande.

Pedreiro é assassinado em bar de Praia Grande por “amigo”

Atualizado em 03/07/2017 - 13:23
A Tribuna / Santos

Um homem foi assassinado a sangue frio, no sábado (1) à noite, dentro de um bar em Praia Grande. O autor do crime fugiu do local e permanecia com o paradeiro desconhecido até a noite de domingo (2).

O pedreiro Irandi Andrade Santos, de 30 anos, estava dentro do estabelecimento comercial, situado na Rua Paulo Setúbal, no Jardim Trevo, quando, por volta das 20 horas, um homem chegou ao local.

O indivíduo se aproximou de Santos e iniciou um bate-papo. Conforme relato do dono do bar, ambos permaneceram conversando e bebendo, dando a entender que se conheciam previamente.

Em certo momento, o desconhecido se levantou, sacou uma arma da cintura e passou a atirar contra o pedreiro. Um dos disparos, inclusive, acabou acertando o telefone celular da vítima.

Depois de o criminoso abandonar o local, os outros clientes chamaram uma ambulância. O pedreiro foi socorrido e levado com vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Samambaia, onde acabou morrendo.

O caso foi registrado na Delegacia Sede de Praia Grande.

Vice-prefeita de Praia Grande é denunciada pelo MP por fraude em licitações

28/06/2017 21h04 Atualizado há 14 horas
Por G1 Santos / Santos


















A ex-secretária de Educação e atual vice-prefeita de Praia Grande, no litoral de São Paulo, Maura Lígia Costa Russo, tornou-se alvo do Ministério Público e corre o risco de ser exonerada do cargo, por improbidade administrativa.

No inquérito do MP, Maura e mais nove funcionários públicos da cidade são acusados de fraudar a licitação que contratou, em 2011, a empresa que forneceu uniformes escolares às unidades municipais de ensino.

Em 2015, meias idênticas às distribuídas pela Secretaria de Educação de Praia Grande aos alunos, entre 2011 e 2012, foram flagradas por uma moradora da região sendo comercializadas em uma loja na região do Brás, na capital paulista.

Na época, por meio de nota, a prefeitura informou que desconhecia o caso e que cobraria um posicionamento da empresa vencedora do pregão, a 11A Uniformes e Serviços Ltda.


A 11A e a Nilcatex, que chegaram ao final do pregão, também estão sendo denunciadas, assim como os sócios das empresas.

Segundo o promotor Marlon Machado Fernandes, a Nilcatex deixou a licitação de repente porque, na verdade, também lucrou. Ela fornecia material para a vencedora 11A. As duas empresas ainda são alvos do Tribunal de Contas do Estado, por irregularidades em contratos com outras prefeituras. O Ministério Público de Praia Grande apontou irregularidades na licitação.

A vice-prefeita é alvo, ainda, de outro inquérito de autoria do MP, já encaminhado ao Fórum da cidade, também por fraude em licitação. Esse segundo caso envolve a compra de 87 mil pares de tênis. Para interferir no resultado do pregão e, supostamente, beneficiar a empresa vencedora, a própria prefeitura teria desrespeitado um dos itens da licitação.

A lei de licitações prevê que, para participar do pregão, o valor do contrato deve corresponder a 10% do patrimônio líquido da empresa concorrente. No entanto, o edital exigia apenas 2%. A empresa ganhadora foi a WKR. O MP começou a investigar o contrato após uma denúncia feita em 2014 pelos vereadores.

Em nota, a prefeitura informou que a vice-prefeita prefere se manifestar diretamente no processo, e afirmou que todos os trâmites que estão sendo apurados foram realizados dentro da legalidade e com transparência. As três empresas denunciadas não se pronunciaram sobre o assunto.


Quase 60 pessoas são roubadas por dia na região, aponta levantamento

Atualizado em 27/06/2017 - 07:47
A Tribuna / Santos

Se você ainda não foi assaltado na Baixada Santista, saiba que há grande possibilidade de que isso venha a acontecer: só nos cinco primeiros meses deste ano, foram 8.574 roubos, ou 57,1 por dia. Essa modalidade criminosa, em que os ladrões usam armas e ameaçam gravemente as vítimas, aumentou 12,1%, na comparação com o mesmo período de 2016, quando foram registradas 7.642 ocorrências do tipo.

Os dados fazem parte das estatísticas mensais e foram divulgados na segunda-feira (26) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). Das nove cidades, Praia Grande teve o pior resultado – 2.079 assaltos, aumento de 28,4%. Santos, com 1.729 (alta de 34,4%) vem logo em segundo nos números negativos. Os dois municípios são monitorados por câmeras, mas só viram aumentar a ação dos bandidos.

Contabilizados separadamente, os roubos de veículos também tiveram alta de 1,4%, passando de 1.319, de janeiro a maio de 2016, para 1.338, no mesmo período de 2017. Os ladrões atacam as vítimas dentro das cidades e no meio das rodovias. No Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) os motoristas continuam virando estatística da SSP – no último final de semana houve ataques, tiros e morte nas estradas da região.

O patrulhamento preventivo da Polícia Militar (PM), abordando suspeitos e apreendendo armas, é a principal maneira e evitar roubos.

Outros crimes

Os estupros aumentaram 11,6%, de 120 para 134 na região. Já os latrocínios recuaram 10%: 10 para 9 pessoas foram mortas durante assaltos. A quantidade de homicídios dolosos (com intenção de matar), porém, foi menor, de 62 para 57 assassinatos.

As mortes violentas, seguidas pelos crimes patrimoniais, são o principal indicador da violência urbana. Embora tenha acontecido uma baixa (menos 5 homicídios), é possível perceber que alguns municípios estão em situação mais alarmante. É o caso de São Vicente, com 12 pessoas executadas em cinco meses, e Guarujá, com 11 assassinatos.

Os furtos (quando o criminoso leva objetos de valor sem a presença da vítima) também tiveram aumento em relação a 2016. De 10.983 foram para 11.044 – 0,50%. E os furtos de veículos subiram 4,5%, passando de 1.676 para 1.753.

Corpo é encontrado em canal por populares, em Praia Grande

Atualizado em 20/06/2017 - 10:16
A Tribuna / Santos

O corpo de um homem foi encontrado por populares dentro de um canal no bairro Vila Sônia, em Praia Grande, na manhã desta terça-feira (20). Pessoas que passavam pela Rua Arnaldo Augusto Baptista perceberam que parte de um cadáver emergia e decidiram acionar a Polícia Militar.

Agentes foram até o local, mas até às 9h30, o homem ainda não havia sido retirado do canal. De acordo com uma moradora do bairro, o corpo estava bastante inchado e parecia ter sido alvejado por arma de fogo na cabeça.

A polícia ainda vai investigar o caso. A perícia já foi enviada até o local e não há confirmações sobre ferimentos por arma de fogo no cadáver. O boletim de ocorrência será registrado na Delegacia Sede de Praia Grande.