Prédio residencial corre risco de desabamento em Praia Grande

08/10/2020
fonte: Diário do Litoral - https://www.diariodolitoral.com.br

O edifício Las Vegas, localizado à Rua Mário de Andrade, 128, em Praia Grande, de mais de 18 andares (que equivalem a 22) e 58 apartamentos, está com graves problemas estruturais e pode desabar a qualquer momento com 17 famílias dentro. A denúncia é do casal de Jundiaí Antônio Ricardo e Vanessa Ignácio de Souza, que alugou o apartamento 152 e está saindo do prédio hoje. A construtora nega riscos.

A base da edificação está totalmente escorada por estruturas de ferro, com problemas nas ferragens e repleta de trincas em várias vigas de sustentação. Um perito judiciário já esteve fazendo duas visitas e recomendou a retirada das famílias do prédio. A Defesa Civil não interditou porque a situação estaria sendo acompanhada por um engenheiro contratado pela construtora responsável. O prédio só tem cinco anos.

"Temos um parecer da perícia alertando que as famílias estão proibidas de receber visitas, principalmente nos finais de semana, por conta do excesso de peso. Também que o edifício não pode sofrer corrente de vento muito forte, acima de 100 km/hora. Desde que alugamos não conseguimos dormir tranquilos e resolvemos sair. Rompemos o contrato e pedimos o aluguel de volta", afirma Ricardo Souza.

Vanessa garante que a situação é muito perigosa, mais dois inquilinos romperam contrato e também saíram. "Tem famílias que não saem porque são proprietárias e não teriam pra onde ir. Enquanto estive lá, tive que ir para o hospital em função do pânico. O prédio é grande, bonito e novo. Mas pode ocorrer uma tragédia", completa.

A situação é divulgada pela própria administração do edifício. Em comunicado afixado no hall do prédio, há um alerta que os problemas atingiram as sapatas e que as famílias sejam realojadas até que seja restabelecida a segurança da edificação sob risco de ruína.

Um áudio encaminhado ao casal por outra moradora que também saiu do prédio demonstra a situação psicológica das famílias. "À noite ventou muito. Estou orando para as pessoas que ainda estão no prédio. A cada uivo de vento é um desespero", afirma. A preocupação ainda é maior em função da proximidade de final de ano, quando a ocupação do prédio é muito maior.

A base da edificação está totalmente escorada por estruturas de ferro, com problemas nas ferragens e repleta de trincas (Foto: Reprodução)

Perito

A Reportagem teve acesso ao primeiro relatório do perito judicial, de 22 de setembro último. Nele, o profissional informa ao juiz que as providências estruturais estão sendo feitas, porém, é necessária a limitação de ocupação somente dos moradores. Ou seja, proibida a ocupação de veraneio.

Prefeitura

A Secretaria de Urbanismo (Seurb) de Praia Grande informa que acompanha esta ocorrência e que foram tomadas todas as ações administrativas pertinentes. A fiscalização do Contru (Subsecretaria de Controle Urbano da Seurb), mediante análise técnica e apresentação de Laudos periciais, concluiu que neste caso específico não há necessidade de evacuação. No momento está em andamento um processo na esfera judicial envolvendo as partes, construtor e condomínio.

A responsável pelo edifício Las Vegas é a Litoral Construtora. Numa breve pesquisa online, a Reportagem descobriu avaliações negativas relacionadas a imóveis entregues pela empresa. Há oito meses, um cliente escreveu no portal da empresa.

"Adquirimos uma unidade habitacional recentemente entregue pela construtora e não demorou muito para começar a aparecer rachaduras em todas as paredes. Já solicitamos várias vezes uma providência visto que o imóvel está na garantia e se quer deram algum retorno a nossos pedidos. Já percebi que o jeito vai ser abrir um processo na Justiça pra fazer valer meu direito. Aliás são ótimos em cobrar e péssimos no atendimento ao cliente".

Construtora

Em contato com a Litoral Construtora, a empresa assegurou que não existe risco de ruína. Por intermédio de seu advogado, afirma que, inicialmente, é necessário informar que os eventuais erros de cálculo estão sendo discutidos judicialmente.

Segundo explica a empresa, foi designada perícia técnica que está produzindo seu laudo pericial. A construtora juntou ao processo o parecer do engenheiro calculista da edificação e também de um profissional contratado especialmente para esse fim (revisão do cálculo estrutural) e ambos afirmam categoricamente que o edifício não corre risco de ruína.

A construtora garante que já contratou uma empresa para colocar as escoras da edificação e outra especializada para desenvolvimento de análise do projeto estrutural e projeto de reforço para as peças estruturais.

"Esse trabalho está em fase final e já foram enviados os projetos iniciais dos reforços considerados necessários. As análises técnicas, laudos de segurança, projetos de reforços estão à disposição para consulta se necessário", explica o advogado Leandro Neumayr Gomes.

Finalizando, o advogado Leandro Gomes garante que, após as verificações e laudos técnicos da empresa especializada acima mencionada, verificou-se que não existe esse risco do prédio ser condenado.

Comerciantes de Praia Grande, SP, pedem que próxima gestão pense na segurança do município

07/10/2020

Lojas arrombadas, produtos furtados e assaltos a mão armada são algumas das situações enfrentadas por comerciantes de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Entre 2015 e 2019, foram registradas nas delegacias da cidade 7.551 ocorrências de roubos e furtos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Comerciante na cidade há sete anos, Tiago Brito, de 36 anos, conta que suas lojas já foram assaltadas ao menos três vezes desde 2014. Em um dos episódios, sua loja de departamentos no bairro Caiçara foi invadida por quatro criminosos armados. Eles amarraram os funcionários no banheiro e fugiram, deixando um prejuízo de R$ 80 mil reais, segundo Brito.

No ano seguinte, outra loja do comerciante foi alvo de criminosos. Dessa vez, durante a noite, quando não havia ninguém no estabelecimento. “Em 2015 roubaram uma loja minha na Avenida Costa e Silva. Demorou três horas para a polícia aparecer. O policial falou que só tinha uma viatura no bairro inteiro”, diz.

Segundo Tiago, o prejuízo em suas lojas, somando os últimos assaltos, chega a R$ 250 mil. “É uma sensação de incapacidade”, desabafa.

Outro comerciante da cidade, que prefere não se identificar, afirma que seus estabelecimentos foram assaltados três vezes nos últimos cinco anos. Ele tem 54 anos e trabalha como comerciante em Praia Grande desde os 18.

"Praia Grande é uma cidade moderna, bonita. Porém a segurança é um capítulo à parte que o prefeito tem que ter uma maneira de resolver que realmente seja eficaz", diz o comerciante, que é dono de mercados e padarias na cidade. Segundo ele, cada um dos cinco comércios já foi assaltado ao menos uma vez.

O comerciante conta, ainda, que em uma de suas padarias, no bairro Mirim, três homens tentaram assaltar a loja ao final do expediente. O ano era 2017 e, na ocasião, o segurança do estabelecimento revidou e trocou tiros com os criminosos. Por fim, os três fugiram sem levar nada. "Depois do primeiro roubo eu já coloquei segurança. Esse foi o único assalto grave que eu tive. O segurança revidou e ainda foi baleado no braço”, conta.

Ele diz que investiu em câmeras de monitoramento, alarmes e cofres para tentar inibir os assaltos. “Eu acho que a segurança é muito deficitária na cidade, caótica. A cidade tem muito a crescer para dar segurança ao munícipe”.

Roubos e furtos em 2020

De janeiro a julho deste ano, foram registradas 1.757 ocorrências de roubos na cidade (incluindo roubos de carga e de veículos). No mesmo período do ano passado, foram 2.194 ocorrências de roubos, o que representa uma queda de 19,92%. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Já em relação aos furtos, as delegacias do município registraram 2.796 casos entre janeiro e julho deste ano e 3.407 no mesmo período do ano passado, o que equivale a uma queda de 17,93%.

Para o coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo e ex-secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva Filho, é preciso ficar atento ao fato de que normalmente as ocorrências de roubos e furtos tendem a ser subnotificadas, pois há casos em que as vítimas não registram boletins de ocorrência, como em roubos de celulares. “Celulares são muito roubados porque são objetos que têm valor agregado e são fáceis de descartar”, diz.

Nos casos de roubos e furtos de veículos, porém, isso já não costuma ocorrer. “O motivo é que é um bem muito valioso, raramente alguém deixa de registrar o furto ou roubo de um carro”, finaliza. Ocorrências como roubos, furtos, perda de documentos, desaparecimento de pessoas e violência doméstica podem ser registradas no site da Polícia Civil.

Eleições 2020

O G1 Santos está produzindo, diariamente, reportagens especiais sobre as eleições 2020. Além de entrevistas exclusivas, levantamento de dados e serviço, os internautas podem acompanhar matérias de assuntos de interesse público e que preocupam bastante a população dos nove municípios da Baixada Santista e do Vale do Ribeira. Para acompanhar toda a cobertura basta acessar a página especial.

Moradores denunciam condomínio em SP após paredes 'explodirem' com infiltrações (em Praia Grande)

04/09/2020
fonte: G1 / Santos

O nome da empresa é: Construtora Ramos e Santos

Moradores de mais de 50 apartamentos de um condomínio em Praia Grande, no litoral de São Paulo, denunciam graves danos estruturais no imóvel, após paredes de azulejo 'explodirem' devido a infiltrações, materiais mal aplicados e fora das normas técnicas obrigatórias.

Moradores relatam apreensão após azulejos estilhaçarem com infiltrações — Foto: Arquivo Pessoal

Os imóveis foram entregues em 2016 e, desde então, os condôminos sofrem com alagamentos, rachaduras nas paredes e infiltrações. No entanto, há cerca de duas semanas, a estrutura precária fez com que as paredes de azulejos, de cômodos como banheiro e cozinha, estufassem e 'explodissem', danificando móveis e outros pertences.

Revestimento de paredes de condomínio em Praia Grande estilhaçou com infiltrações — Foto: Arquivo Pessoal

A moradora Roberta Ribas Ramos conta que ela e a família quase foram atingidas pelos azulejos durante um jantar, no dia 21 de agosto. Pouco tempo após saírem da cozinha, ela e o marido ouviram um barulho no cômodo. Ao checar o que aconteceu, o casal percebeu que o revestimento da parede havia estilhaçado.

Segundo Roberta, no total, mais de 50 apartamentos tiveram problemas que, até o momento, não foram esclarecidos pela construtora do condomínio. "Meu marido teve que sair correndo da cozinha para não ser atingido. Em seguida, explodiu tudo. Até agora, ninguém explica o que está acontecendo".

Um engenheiro contratado pelos condôminos realizou uma vistoria no edifício. Dentre os apontamentos feitos, ele recomendou a execução urgente de serviços de reparo às estruturas e equipamentos de segurança, como portas corta-fogo e o revestimento de cabos de energia elétrica, como explica a moradora.

Roberta afirma, ainda, que a empresa responsável pela obra, que também administra o condomínio, não se pronunciou a respeito das reivindicações dos moradores. "Eles apenas protelam, mandaram um engenheiro para fiscalizar, mas ninguém nos deu qualquer resposta sobre o problema".

O G1 tentou contato via telefone com a Construtora Ramos e Santos, responsável pelo empreendimento, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Escola é invadida e furtada quatro vezes em 20 dias em Praia Grande

01/09/2020
fonte: A Tribuna / Santos

Uma escola estadual localizada em Praia Grande vem sofrendo constantes invasões, furtos e demais atos de vandalismo. Somente no mês de agosto, a unidade sofreu quatro arrombamentos, sendo o último ocorrido no domingo (30), gerando problemas e prejuízos.

Todas as práticas criminosas ocorreram na Escola Estadual Dr. Alfredo Reis Viegas, localizada no bairro Vila Sônia. As invasões ocorreram nos dias 10, 24, 28 e no último domingo (30).

Entre os muito prejuízos estão grades da janela da cantina que foram destruídas, cabos de energia arrancados do quadro de luz, algumas telhas foram quebradas, além de um dos portões da escola que foi arrebentado.

Segundo alguns funcionários, que fizeram alguma das reclamações sobre as invasões e depredação da escola, a estimativa é que o prejuízo no período foi cerca de R$ 7 mil, não incluindo os reparos no telhado e portão vandalizados.

Em nota para ATribuna.com.br, a Diretoria Regional de Ensino lamentou os episódios de furto na E.E. Dr. Alfredo Reis Viegas tenha sido vítima de furto e de ações de vandalismo. Informou, ainda, que um boletim de ocorrência registrado na Delegacia de polícia e os casos foram notificados no Placon, sistema de plataforma Conviva.

A Diretoria reiterou que a unidade conta com sistema de monitoramento que está ligado ao Gabinete de Segurança, parceria com a Polícia Militar. Por fim, disse que cerca de R$ 5 mil já foram gastos nos reparos da unidade. 

Estelionatários pedem dinheiro em nome de morto por Covid-19 em SP (em Praia Grande)

30/08/2020

Familiares do tatuador Alan Sozzi, que morreu aos 39 anos devido a complicações da Covid-19, em Praia Grande, litoral paulista, afirmam que foi criada uma falsa campanha de arrecadação online, em nome da vítima, para custear o funeral do rapaz. Porém, eles já pagaram tudo referente ao velório e sepultamento dele e fazem um alerta para que as pessoas não caíam no golpe.

Em entrevista ao G1 neste domingo (30), a técnica de enfermagem Viviane Sozzi, de 33 anos, esposa da vítima, afirmou que um amigo de Alan viu a campanha sendo compartilhada nas redes sociais e avisou a família que, imediatamente, fez postagens de alerta sobre a arrecadação ser falsa.

"Estamos desesperados, porque estão pedindo dinheiro em dólar no nome da mãe dele. Então estamos tentando divulgar de todas as formas para que as pessoas não doem dinheiro. É muito revoltante, depois de tudo que passamos, ainda acontecer isso", diz a profissional.

Viviane afirma que o sentimento ainda é de luto para toda a família, o que torna ainda mais difícil eles terem que lidar com a situação. Ela trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral do mesmo hospital em que o companheiro foi internado por Covid-19, e até hoje lamenta que, apesar de ter salvo tantas vidas com a profissão, não tenha conseguido ajudá-lo.

Apesar da campanha online ainda não ter arrecadado dinheiro, a família se preocupa que colegas e até desconhecidos caíam no golpe. A família registrou boletim de ocorrência por estelionato na noite deste sábado (29) na Delegacia Sede de Praia Grande.

Sozzi não resistiu e veio a óbito na madrugada do dia 23 de agosto, após ter complicações devido ao novo coronavírus. Ele era um tatuador conhecido na cidade em que morava, devido aos desenhos realistas que fazia. O homem deixou uma filha de oito anos. Nas redes sociais, amigos e familiares fizeram diversas homenagens a ele após o ocorrido.

O G1 não conseguiu contato com o site da arrecadação virtual até a última atualização desta reportagem.

MP entra com ação contra Praia Grande, SP, por superfaturamento na compra de salsichas

28/08/2020

Prefeitura de Praia Grande, no litoral paulista, nega que tenha ocorrido superfaturamento e afirma que valor alto tem acréscimo pelo transporte do produto.

O Ministério Público ingressou com uma Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa contra as secretarias municipais de Educação e Assistência Social de Praia Grande, no litoral de São Paulo, por superfaturamento na compra de salsichas. Segundo o órgão, o prejuízo acarretado ao município seria de mais de R$ 400 mil. A empresa fornecedora do alimento também é denunciada pelo MP. A prefeitura nega a acusação e afirma que o valor sofreu acréscimo pelo transporte do produto.

Segundo o Ministério Público, a partir de investigação instaurada na 9ª Promotoria de Justiça de Praia Grande, foi apurada a prática de ato de improbidade administrativa consistente em prejuízo ao erário (recursos financeiros públicos) do município, a partir da contratação de uma empresa privada para o fornecimento de salsichas aos estabelecimentos de ensino e de assistência social da cidade.

Conforme o MP, o prejuízo foi primeiramente descoberto por meio de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), que, em análise do processo licitatório da empresa, concluiu que houve superfaturamento do produto adquirido pela prefeitura. O TCE verificou, após consulta de preços, que as salsichas poderiam ter sido compradas por valores muito inferiores, menos da metade do preço pago pela administração municipal.

Ainda de acordo com a ação ajuizada pelo MP, a Corte do TCE também concluiu que “os dados do levantamento inicial feito pela prefeitura não indicam que tenham sido agregados valores pertinentes à logística de entrega aos custos indiretos que encareceriam a oferta de gêneros alimentícios”.

Essa também foi a conclusão do Centro de Apoio Operacional à Execução (CAEx), órgão de execução do Ministério Público do Estado de São Paulo, que, em parecer técnico, concluiu que o valor médio de mercado negociado por quilo de salsicha tipo 'hot dog' foi de R$ 5,31, enquanto a prefeitura pagou R$ 12,45 no quilo do alimento.

Em nota, a Prefeitura de Praia Grande afirma que contesta veementemente que tenha havido superfaturamento na aquisição dos produtos. Esclarece que a empresa foi contratada não apenas para fornecer o produto, mas, também, para entregar e distribuir a 98 pontos, entre unidades de ensino (64 municipais e 23 estaduais) e 11 unidades de assistência social.

O MP contesta e afirma que o preço médio negociado pela Bolsa Eletrônica de Mercadorias, acrescido de 13,90% (frete), alcança o montante de R$ 6,05 , uma diferença de R$ 6,40 em relação ao contratado pelo município.

"Importante mencionar que já constam dos preços finais negociados na BEC todos os custos fixos e variáveis dos vendedores, inclusive a entrega do produto. Em relação ao valor médio FIPE, trata-se de preço de varejo, retirado no supermercado, tal valor, acrescido de 13,90%, alcança o montante de R$ 8,71, ou seja uma diferença a menor de R$ 3,74 em relação ao valor contratado", destaca o órgão.

A administração municipal, no entanto, afirma que é preciso considerar que o valor do produto é de R$ 6,12, e que o restante diz respeito aos encargos de distribuição e entrega. Por fim, relata que estes valores não devem ter sido considerados, uma vez que os anexos nos quais estão discriminados não constam na inicial do processo, embora a prefeitura os tenha apresentado no inquérito civil.

O G1 não localizou o representante da empresa fornecedora do produto até a última atualização desta reportagem.

Improbidade administrativa

De acordo com o Ministério Público, o contrato foi feito para o fornecimento de 51.479 quilos de salsicha, sendo R$ 12,45 o quilo, o que totaliza o valor de R$ 640.913,55. Após o encerramento dele, foi firmado um termo de prorrogação e acréscimo no fornecimento de mais 12.824 quilos do produto, no total R$ 159.658,80.

"Se o preço médio de mercado das salsichas 'hot dog', de acordo com a Bolsa Eletrônica de Compras, era de R$ 5,31, temos um prejuízo da ordem de R$ 367.560,06 no contrato, e de R$ 91.095,44 no aditamento, totalizando uma lesão ao erário de R$ 459.123,42 a ser devidamente corrigida", colocou o MP.

Com isso, o promotor de Justiça Marlon Machado da Silva Fernandes solicita que haja o ressarcimento integral do dano de R$ 459.123,42, e pagamento de multa civil de até duas vezes esse valor. Ele também pede que sejam bloqueados os bens das responsáveis pelas secretarias de Educação e Assistência Social na época da compra do produto, e também do representante da empresa fornecedora, no valor de R$ 1.377.370,26.

Bando usava apartamento em Praia Grande para golpes em usuários da OLX e do WhatsApp

17/08/2020
fonte: Diário do Litoral  - https://www.diariodolitoral.com.br

Um grupo de cinco rapazes da capital paulista que aplicava golpes em usuários da OLX e do WhatsApp foi descoberto pela Polícia Militar na noite deste domingo (16)  em um apartamento na Rua Ângela Massei, na Vila Tupi, em Praia Grande. Eles confessaram os crimes a policiais militares e ao serem ouvidos na Delegacia Sede de Praia Grande.

Como não houve flagrante, eles foram liberados na madrugada desta segunda-feira (17) ao término da ocorrência, mas continuarão sendo investigados em inquérito policial. A Polícia Civil vai apurar a conduta de cada um dos rapazes nos crimes de estelionato, invasão de dispositivo informático e associação criminosa.

Segundo a polícia, os investigados admitiram que preparavam o golpe captando dados de usuários da OLX nos anúncios no site da empresa de compra e venda. Na segunda etapa, se passavam pela administração da OLX para entrar em contato com as vítimas, solicitavam um código de acesso e conseguiam instalar a conta de WhatsApp das vítimas nos celulares usados para os golpes.

Na fase final de consumação do crime, os golpistas se comunicavam com pessoas na lista de contatos das vítimas e pediam dinheiro emprestado, apontando para depósito conta em nomes de laranjas, para posterior saque de membros da associação criminosa.

Em nota ao Diário, a OLX informou que não solicita código de verificação ou senhas para nenhum usuário e recomenda que as negociações aconteçam via chat, na plataforma.

A empresa diz que investe continuamente em tecnologia e “na comunicação de melhores práticas de compra e venda, informando seus usuários sobre como proceder em casos de tentativas de fraudes, com alertas em seus canais oficiais e redes sociais”. 

Dicas da OLX para não cair no golpe do WhatsApp:
  1. A OLX não solicita informações que permitam acesso à sua conta via chat, telefone, SMS, WhatsApp e redes sociais;
  2. Nunca compartilhe o código de verificação do seu WhatsApp ou outras validações de segurança que chegam em seu celular;
  3. O WhatsApp recomenda sempre ativar a verificação de duas etapas para prevenir esse tipo de abuso: https://faq.whatsapp.com/en/26000244/?category=5245246&lang=pt_pt
  4. Mais dicas estão disponíveis no link: https://ajuda.olx.com.br/s/article/fazer-uma-venda 
O Diário não conseguiu contato com a assessoria de imprensa do WhatsApp na noite desta segunda-feira.