Justiça condena ex-prefeito de Praia Grande por compra de votos

Atualizado em 04/10/2017 - 23:15
A Tribuna / Santos

A Justiça de Praia Grande condenou à prisão, por compra de votos nas eleições de 2008, o ex-prefeito da Cidade, Roberto Francisco dos Santos (então no PSDB), e o empresário Édis César Vedovatti, que teria sido responsável por abastecer financeiramente a campanha na época. O ex-prefeito foi condenado a 2 anos e 15 dias de reclusão, enquanto o empresário teve pena de 2 anos, 9 meses e 15 dias. Ambos alegaram, nas defesas, insuficiência e deficiência nas provas apresentadas. Ele podem recorrer da decisão em liberdade.

Eleito por uma diferença de pouco mais de 3 mil votos do segundo colocado, Alexandre Cunha (então no PMDB), Roberto Francisco, indicado por Alberto Mourão (PSDB, que na época deixava o cargo e hoje é novamente prefeito), governou Praia Grande por quatro anos. Durante o mandato, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o chefe do Executivo pela compra de votos, no valor de R$ 50,00 por eleitor, mas ele conseguiu recorrer e se manter no cargo.

Outras quatro pessoas foram condenadas por participar do esquema fraudulento: o então candidato a vereador André Takeshi Yamauti (6 meses de prisão), os coordenadores da campanha, José Ronaldo Alves de Sales (7 meses) e Camila Branca Pereira (6 meses), e Michele Menezes da Costa (1 ano e 2 meses), que teria atuado diretamente comprando votos. Todos, porém, tiveram as penas extintas porque os crimes prescreveram, já que o recebimento da denúncia contra eles ocorreu em 2013.

Yamauti, Sales e Camila confessaram os crimes e contaram detalhes aos investigadores em delações. Para o juiz Antonio Carlos Costa Pessoa Martins, além da denúncia feita pelo MPE, o conjunto de provas colhidas pela Polícias Federal, não deixam dúvidas quanto a ação criminosa praticada. “Materialidade bem delineada quanto ao crime referente à compra de votos”, anota o magistrado.

“Além da prova documental bem produzida por uma cuidadosa investigação empreendida pela Polícia Federal, a qual por certo contribuiu para o convencimento dos réus André Takeshi Yamauti, Camila Branca Pereira e José Ronaldo Alves de Sales a valerem-se dos benefícios da Lei nº 9.807/99, no que diz respeito à delação premiada, deixaram clara a atuação de um grupo formado por políticos, empresário e pessoas mais simples cooptadas a dinheiro para comprar votos nas eleições de 2008 em prol do delator André Takeshi Yamauti e do corréu Roberto Francisco dos Santos”, escreve o juiz.

Sales disse que recebeu do empresário Édis Vedovatti R$ 80 mil para comprar votos em prol de Yamauti e Roberto Francisco e que outros R$ 50 mil seriam disponibilizados para o então candidato a prefeito com a mesma finalidade Yamauti, por sua vez, contou que o esquema começou aproximadamente a 15 dias das eleições, e consistia na contratação de “coordenadores” que deveriam comprar votos pelo valor de R$ 50,00 cada.

Para o juiz, “o esquema criminoso investido na eleição de apenas um vereador naquele ano de 2008, sem qualquer correção, deixam patente o quanto esse tipo de política tem atrasado o Brasil”.

A situação, aponta Martins, deve chamar a atenção das instituições e da sociedade para as fontes de tais recursos e para o interesse de investir tanto dinheiro na atividade política”.

Vedovatti, em seu depoimento, negou ter dado dinheiro para campanhas. Roberto Francisco negou envolvimento com os fatos.



Publicitário e advogada acusados de matar e esquartejar zelador vão a júri popular

Atualizado em 02/10/2017 - 11:19
A Tribuna / Santos

O publicitário Eduardo Martins e a advogada Ieda Cristina Martins, acusados de matar o zelador Jezi Lope de Souza, vão a júri popular. O crime ocorreu há três anos e o casal foi preso preventivamente sob a acusação de matar, esquartejar e queimar o corpo da vítima. O julgamento tem início na manhã desta segunda-feira (2) e será realizado no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital. Segundo a Justiça, ele deverá durar até cinco dias. 

O crime ocorreu em 30 de maio de 2014, após o publicitário discutir com o zelador no apartamento onde ele morava com a mulher e com o filho, na Zona Norte de São Paulo. A advogada é acusada de ajudar o marido. 

O corpo de Souza foi esquartejado com um serrote em 17 partes, conforme laudo do Instituto Médico Legal (IML) e levado para a casa do casal em Praia Grande. Martins foi preso em flagrante quando tentava queimar o corpo na churrasqueira. Na ocasião, o publicitário confessou o crime e disse que o zelador morreu após bater a cabeça, durante a discussão. 

Ele responderá por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento público, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e de uso restrito. Já Ieda será processada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. 

Cinco indivíduos cercam carro de família em Praia Grande

Atualizado em 01/10/2017 - 19:45
A Tribuna / Santos

Uma família foi alvo de um arrastão no Jardim Quietude, em Praia Grande. As vítimas trafegavam pela Avenida Ministro Marcos Freire quando o carro em que elas estavam foi cercado por cinco indivíduos. A Polícia Militar (PM) capturou dois adolescentes, um de 15 e outro de 17 anos, que participaram do assalto.

O local do crime fica próximo ao viaduto 14, da Rodovia da Padre Manoel da Nóbrega. Segundo as vítimas (pai, mãe e filho, entre 24 e 55 anos), um dos bandidos estava armado e os obrigou a descer do carro, que foi levado pelos criminosos.

Os três foram encontrados no acostamento por policiais militares que foram até o local, porque receberam aviso pelo rádio de que estava acontecendo um arrastão no local. Além do veículo, os bandidos levaram um relógio, dois celulares e R$ 550 em dinheiro.

Captura

Depois de levar as vítimas até a delegacia para registrar boletim de ocorrência (BO), os policiais militares foram até a Vila Antartica. Na Avenida dos Trabalhadores encontraram o veículo roubado, um Volkswagen Up, na cor preta.

Assim que viram a viatura da PM, os ocupantes começaram a dirigir em alta velocidade. Depois de serem perseguidos, os dois ocupantes desceram do veículo e tentaram fugir correndo, mas foram pegos pelos policiais.

Na delegacia, um deles foi reconhecido por uma das vítimas como autor do assalto. Os objetos levados, entretanto, não foram recuperados pela PM.

Dos nove municípios da Baixada Santista, Praia Grande se mantém há meses com o pior resultado

Atualizado em 26/09/2017 - 07:56
A Tribuna / Santos

Não é difícil saber por que todo mundo conhece alguém que já foi assaltado: de janeiro a agosto deste ano, já foram 13.113 registros de roubos na Baixada Santista, mais de 50 por dia. O aumento é de 8,21% em relação ao mesmo período de 2016, quando houve 12.118 casos de grave ameaça por ladrões que levaram pertences. 

Dos nove municípios da região, Praia Grande se mantém há meses com o pior resultado absoluto – 3.233 assaltos em oito meses. A Cidade, monitorada por câmeras e com Guarda Civil Municipal armada, não consegue ações efetivas para reduzir esse tipo de crime: mais de 13 moradores e turistas se deparam diariamente com ladrões. Os dados mensais foram divulgados na segunda-feira (25) pelo Governo do Estado.

“Apesar de ainda estar alto, há uma tendência de diminuição. Comparando agosto de 2016 com o de 2017, tenho uma queda de 7,8% dos roubos. A estratégia de centralizar o Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) e voltar com a Força Tática em quatro cidades acabou surtindo efeito. Se essa tendência se mantiver, vamos apresentar diminuição (nos roubos) até o final do ano”, diz o comandante da Polícia Militar (PM) na Baixada Santista e Vale do Ribeira (CPI-6), coronel Rogério Silva Pedro.

Os estupros também preocupam, porque representam o mais alto índice de aumento entre as principais estatísticas da criminalidade: 20,11% de janeiro a agosto deste ano, em comparação ao mesmo período de 2016. Itanhaém lidera as ocorrências de violência sexual, com 39 registros no período. Para Silva Pedro, a questão deve ser observada sob outro ângulo: não depende apenas de patrulhamento preventivo.

“Analisando Itanhaém, só um estupro foi na rua, aquele em que o indivíduo aborda e leva a mulher para algum local. Os casos envolvem ex-marido dentro da casa de ex-mulher, parentes, vizinhos, familiares dentro da própria casa da vítima. Sempre com esse vínculo. As mães precisam ficar mais atentas e procurar (em caso de desconfiança) o Conselho Tutelar, a delegacia ou acionar a PM”, diz o coronel.

Outros crimes

A quantidade de homicídios dolosos (com intenção de matar) foi menor, de 96 para 90 assassinatos (-6,25%). Embora tenha havido baixa na região, cinco cidades tiveram mais mortes: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Praia Grande e São Vicente.

Outra modalidade criminosa que teve redução foi o roubo de veículos, com 5,05% menos carros e motos levados. O trabalho específico de combate a esse delito fez com que os latrocínios (roubos seguidos de morte) tivessem estabilidade, acredita o comandante.

“Nos preocupa muito o roubo de veículo, porque existe maior tensão nesse tipo de ocorrência, envolvendo força física. Colocamos equipes da Força Tática nos locais onde eles ocorrem e o Baep nos pontos de onde saem os infratores”, explica. 


Dupla é flagrada furtando rodas de veículo no Marapé, em Santos

Atualizado em 24/09/2017 - 19:06
A Tribuna / Santos

Dois homens foram presos furtando as rodas de um veículo de passeio no bairro do Marapé, em Santos, durante a madrugada deste domingo (24). Com os criminosos, policiais militares apreenderam quatro estepes, três macacos, duas chaves de roda, uma chave de fenda, além de materiais de encaixe para macaco. Apenas uma das vítimas, que teve as rodas de seu veículo furtadas, foi localizada. Todos os furtos aconteceram em Santos. 

De acordo com informações divulgadas pelo Comando de Policiamento do Interior - 6 (CPI-6), Marcos Nunes Andrade, de 22 anos, e Pablo Dias de Almeida, de 20 anos, foram capturados após denúncia anônima sobre furtos de rodas de veículos nas imediações da Rua Saturnino de Brito. Conforme populares, após o crime, os bandidos deixavam os veículos apenas sobre macacos. 

Com base nas características dos suspeitos, repassadas pela linha do 190, policiais militares se dirigiram ao local e, durante patrulhamento, flagraram os acusados furtando as rodas de um Toyota Corolla, na cor prata. 

Abordados, os suspeitos, que residem em Praia Grande, apontaram um outro veículo que estava sendo utilizado para transportar todos os objetos furtados. No interior do carro foram encontrados rodas, estepes e ferramentas de uma Eco Sport, Ford, cor preta, de um Peugeot 308, cor branca, de um FIAT Mobi cor vermelha, e de um Ford Fiesta cor prata. 

De todos os veículos furtados, apenas o proprietário da Eco Sport foi localizado e compareceu ao 1º DP. Ele reconheceu um estepe e um macaco e teve seus pertences devolvidos. 

Também compareceu à delegacia o proprietário do Corolla, que teria duas rodas furtadas antes da chegada da PM ao local. 

A Polícia Civil tenta agora identificar as outras  vítimas para devolver os demais objetos furtados.Os acusados foram indiciados por furto qualificado. 

Polícia prende homem que fabricava arma dentro de casa em Praia Grande

Atualizado em 24/09/2017 - 12:50
A Tribuna / Santos

Um homem, de 53 anos, foi preso em flagrante com pistolas, munição e material para produzir armamento em uma casa no Canto do Forte, em Praia Grande, na noite de sábado (23). Ele foi localizado depois de brigar com a mulher, que o denunciou à Polícia Militar.

Segundo informações da Polícia Militar, os agentes foram acionados por uma mulher que havia brigado com o marido. Assim que chegaram no local,  os policiais encontraram munições de vários calibres, duas pistolas e materiais para produção de outras armas. 

Ainda de acordo com a corporação, o homem não estava no imóvel, mas foi encontrado em um bar no Parque Bitaru, em São Vicente, onde foi preso e encaminhado à Delegacia Sede da cidade. 

Segurança mata homem a pauladas em Praia Grande

Atualizado em 21/09/2017 - 22:24
A Tribuna / Santos

Lutador de artes marciais golpeou a vítima com um pedaço de pau (Foto: Divulgação) 
O lutador de artes marciais Rafael Batista Barbosa Leite, de 27 anos, foi detido por policiais do 1º DP de Praia Grande e confessou ter assassinado com golpes de madeira o serralheiro Luís Carlos dos Santos, de 43. O crime teve como pivôs e testemunhas três travestis.

O homicídio aconteceu na madrugada da última sexta-feira (15), na Rua Dr. Ciro Carneiro, no Bairro Guilhermina. Durante esse período, o lugar funciona como ponto de prostituição de travestis, que desapareceram do local após o crime.

A vítima não portava documentos e o seu corpo foi encontrado por policiais militares por volta das 5 horas, ao lado do muro de um terreno, perto da esquina com a Avenida Presidente Kennedy.

Inicialmente, foi cogitado que o então desconhecido levou um tiro na cabeça, além de sofrer fratura na mandíbula. Porém, o acusado nega que tenha utilizado arma de fogo para matar o serralheiro. Segundo ele e os travestis, Luís Carlos foi morto a pauladas.

Sob o comando do delegado Juvenal Marques Ferreira Filho e do investigador Olívio Bento, os policiais Celso Santana, Vanda Possa e Silvia Pamplona obtiveram as imagens da câmera de segurança de um comércio. Elas ajudaram a desvendar o caso.

A filmagem mostra a vítima chegar a pé na Rua Ciro Carneiro. Momentos depois, três travestis caminham para o mesmo local. Posteriormente, as travestis saem correndo e ingressam na Presidente Kennedy, sentido Boqueirão.

Um homem também corre para a avenida, mas a sua fuga é na direção contrária, até uma drogaria situada nas imediações. Com o avanço das investigações, apurou-se que o lutador de artes marciais trabalha como segurança da farmácia.

Antes de procurarem Rafael, os policiais identificaram as três travestis e tomaram os seus depoimentos. “Elas disseram que são as pessoas que aparecem na filmagem e apontaram o segurança da farmácia como o autor do homicídio”, informou Olívio Bento.

Motivação

De acordo com a versão das travestis, elas não conheciam Luís Carlos, que estaria aparentemente embriagado e passou a importuná-las. Por esse motivo, elas alegaram que foram à drogaria para pedir auxílio ao segurança.

A intenção das travestis, segundo elas frisaram, era a de que Rafael apenas pedisse para Luís parar de incomodá-las. Porém, o segurança começou a agredir a pauladas o serralheiro, que ficou desfalecido. Posteriormente, o acusado voltou sozinho ao local do crime e desferido mais golpes na vítima.

Receoso em ser descoberto, o segurança procurou as travestis no dia seguinte e lhes pediu para ficar de “boca fechada”, conforme elas contaram. Segundo as testemunhas, até serem descobertas pelos investigadores, elas seguiram a determinação do segurança, pois temiam sofrer represálias.

De posse da filmagem e dos depoimentos das travestis, os policiais detiveram Rafael na drogaria. Ao saber das provas contra si, o segurança confessou o crime. No bolso dele havia um soco inglês. Na farmácia foi apreendido um cassetete de madeira seu. Ele admitiu o uso do objeto no homicídio. A pedido do delegado Juvenal Marques, a Justiça decretou a prisão temporária do acusado.