Exército investiga desvio de munição do Forte de Itaipu, em Praia Grande

Atualizado em 07/03/2017 - 16:00
A Tribuna / Santos

O Exército Brasileiro, por meio 2º Grupo de Artilharia Antiaérea, abriu procedimento administrativo para investigar o possível desvio de munição do Forte de Itaipu, em Praia Grande. Durante operação coordenada pela Polícia Federal, na segunda-feira (6), um ex-militar que serviu na unidade foi preso com projéteis intactos e estojos deflagrados.

Por meio de nota, a unidade informou que o suspeito, de 20 anos, cumpriu serviço militar obrigatório em 2014 e foi licenciado no ano seguinte. "Não há indícios ou ocorrências, nesse sentido, envolvendo o desvio de munições da nossa Organização Militar, que possui um rígido controle em relação a armamento e munição". Entretanto, afirmou apurar a suspeita. 

O jovem foi preso durante a Operação Bem-Te-Vi, que apura a suspeita de tráfico de animais silvestres. Com ele estavam 19 animais, sendo 10 lagartos teiú (da família Tupinambis), que podem medir até 2 metros, e uma tartaruga mordedora (Chelydra serpentina), nativa dos Estados Unidos. Ele foi multado em R$ 33.200,00.

Também foi localizado com o ex-militar porções de maconha e uma garrucha, além 176 projéteis de calibre 762 (para fuzil) e 82 cartuchos de 9 mm (para pistolas) - alguns já deflagrados e exclusivo das Forças Armadas. Aos policiais militares ambientais, que também participaram da operação, ele assumiu ter as "desviado" enquanto prestou serviço militar.

O homem foi o único a permanecer preso, entre os cinco flagrados cometendo crimes ambientais. A Operação Bem-Te-Vi resultou no resgate de 87 animais silvestres em condições irregulares, dos mais de 100 encontrados durante quase seis horas de trabalho no Jardim Anhanguera.