Praia Grande: após 6 meses internada, mulher encontra estranhos se dizendo donos de seu restaurante

15/04/2021
fonte: Costa Norte

Comerciante de 50 anos teve de pagar para tomar um refrigerante ao visitar seu próprio estabelecimento comprado há um ano de seu próprio irmão mais velho, também comerciante

Uma história vivida por uma comerciante Praia Grande beira a surrealidade. Após seis meses internada, a comerciante de 50 anos foi visitar seu estabelecimento nesta terça-feira (13). Ao chegar ao local, ela deu de cara com um grupo de estranhos administrando o local. A mulher teve de pagar para tomar um refrigerante em seu próprio restaurante. Após investigar, a mulher processou o próprio irmão mais velho por tê-la enganado de forma ardilosa.

Segundo a versão da mulher, em outubro de 2018, ela comprou um restaurante do irmão, um homem de 58 anos, também comerciante. A mulher afirma que pagou pelo ponto e por todos os utensílios que estavam no local e que fez diversas melhorias no local e começou a trabalhar no estabelecimento que fica na Avenida Nossa Senhora de Fátima, no bairro Caiçara.

A mulher relatou que trabalhou no restaurante até maio de 2020, quando foi internada involuntariamente. Após seis meses, ou seja, em meados de agosto de 2020, ela saiu da internação e teve uma grande surpresa ao olhar as redes sociais do seu irmão.

O homem estava anunciando a venda do estabelecimento que já havia vendido a ela. Na ocasião, o restaurante estava fechado em decorrência da pandemia, e o irmão estava vendendo o restaurante com todos os utensílios dentro, tal como havia vendido à sua irmã.  

A mulher afirmou que seu irmão nunca a procurou bem como não lhe comunicou sobre a venda do restaurante.

Desconfiada após ver o anúncio, nesta terça-feira (momento em que os estabelecimentos, apesar de fechados, podem comercializar sem consumo no local) a comerciante foi até o restaurante que acreditava ser seu e deu de cara com outras pessoas utilizando seu ponto e seus utensílios.

Como não conhecia as pessoas, a mulher comprou um refrigerante em seu restaurante e pediu nota fiscal. No documento já não constava mais seu nome como proprietária, mas o CNPJ ainda era o seu. A mulher tentou contatar seu irmão, mas ele a bloqueou.

A comerciante procurou o 3º DP de Praia Grande e abriu um boletim de ocorrência por estelionato. A polícia vai investigar o caso.