Atualizado em 19/08/2017 - 08:15
A Tribuna / Santos
Os estupros aumentaram 21,1% de janeiro a julho deste ano, em comparação ao mesmo período de 2016, nas nove cidades da Baixada Santista. A polícia afirma que o crime é de difícil prevenção, porque geralmente acontece dentro de casa e com algum grau de parentesco entre vítima e criminoso, mas os casos se multiplicam: foram 183 em sete meses, contra 151 no ano passado.
Itanhaém lidera as ocorrências de violência sexual, com 35 registros no período. Logo em seguida vem São Vicente, onde 34 pessoas foram estupradas. Os maníacos sexuais ainda atacaram 31 em Guarujá, 25 em Praia Grande e 20 em Santos.
Os dados, que fazem parte das estatísticas mensais e foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), com uma semana de antecipação (geralmente saem no dia 25 de cada mês).
Outro crime que continua crescendo é o roubo, cuja alta chegou a 10,6%. Porém, essa modalidade criminosa, em que os ladrões ameaçam de forma grave as vítimas, geralmente com armas de fogo, tem forma eficaz de prevenção: com patrulhamento ostensivo da Polícia Militar (PM), abordando suspeitos e apreendendo armas.
No início deste mês, entretanto, nem o policiamento reforçado e a presença de autoridades do alto escalão do Governo do Estado, incluindo o vice-governador Márcio França (PSB), impediram que um ladrão roubasse uma jornalista durante evento público no bairro Esplanada dos Barreiros, em São Vicente.
A audácia dos ladrões é verificada em números. Nos sete primeiros meses de 2017 foram 11.649 roubos, quase 60 todos os dias. De janeiro a julho do ano passado foram registradas 10.530 ocorrências do tipo. Das nove cidades, Praia Grande continua como pior resultado – 2.889 assaltos. Santos, com 2.270 vem logo em segundo nos números negativos. Vale lembrar que os dois municípios são monitorados por câmeras, o que não deu nenhum resultado para diminuir esse crime.
Os roubos de veículos, porém, ficaram estáveis, com pequeno recuo de 2,2%, passando 1.797, de janeiro a julho de 2016, para 1.757, no mesmo período de 2017. Os furtos aumentaram 1,4% e os furtos de veículos 6%
Outros crimes
A quantidade de homicídios dolosos (com intenção de matar) foi menor, de 84 para 82 assassinatos. As mortes violentas, seguidas pelos crimes patrimoniais, são o principal indicador da violência urbana. Embora tenha acontecido uma baixa na região (menos 2 homicídios), algumas cidades tiveram mais mortes.
Em São Vicente foram 17 pessoas executadas este ano, contra 13 em 2016 – alta de 30,7%. Já Praia Grande registrou 18 execuções, crescimento de 38,4% em relação às 13 do ano passado. Bertioga, Cubatão e Guarujá também tiveram mais assassinatos.